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Ajuda da Argentina à Bahia não era necessária, diz Bolsonaro

Nas redes sociais, presidente disse que as Forças Armadas já estão prestando assistência às famílias

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São Paulo e Brasília

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que a ajuda oferecida pela Argentina às vítimas das fortes chuvas que atingem a Bahia nos últimos dias não era necessária e que poderá aceitá-la "oportunamente, em caso de agravamento das condições."

Nas redes sociais, o presidente disse que o governo argentino ofereceu assistência de dez homens para trabalho de almoxarife e seleção de doações, montagem de barracas e assistência psicossocial à população afetada. O que, segundo ele, já está sendo feito pelas Forças Armadas. Por isso, o governo federal rejeitou a ajuda.

 Presidente Jair Bolsonaro acenando pros banhistas, na  Praia da Enseada,  onde passa férias
Presidente Jair Bolsonaro acenando pros banhistas, na Praia da Enseada, onde passa férias - Reprodução

"O fraterno oferecimento argentino, porém muito caro para o Brasil, ocorre quando as Forças Armadas, em coordenação com a Defesa Civil, já estavam prestando aquele tipo de assistência à população afetada", disse o presidente na manhã desta quinta (30).

À noite, durante live nas redes sociais, o presidente voltou a comentar sobre o assunto e afirmou que a ajuda poderia "até atrapalhar um pouco" os trabalhos de recuperação no estado da Bahia.

"A gente agradece, mas dez argentinos lá, sem uma especialidade, não requerida, para nós, fica oneroso. É um trabalho enorme de locomoção, de colocar essas pessoas para fazer um trabalho específico na região", disse.

E completou: "Agradeço aí ao Alberto Fernández [presidente da Argentina] pelo oferecimento, mas dez pessoas não iam nos ajudar muito, talvez até atrapalhar um pouco. Se tiver alguma outra coisa para oferecer, eu agradeço de coração".

Em tom de ironia, Bolsonaro ainda afirmou que os países da América do Sul que querem ajudar o Brasil podem se prontificar a receber venezuelanos.

"Quem quiser colaborar nesse sentido aí é só entrar em contato com o nosso embaixador aí, ou diretamente com o respectivo embaixador do país aqui que ele entra em contato com o nosso ministro das Relações Exteriores, o Carlos França, e a gente providencia pegar, então, venezuelanos que estão em Pacaraima ou em Boa Vista e deslocar para esse país que porventura queira então receber venezuelanos", comentou.

Mais cedo, em publicação no Twitter, o chefe do Executivo disse que o governo está aberto a receber ajuda internacional.

"Ontem, o Itamaraty aceitou doações da Agência de Cooperação do Japão: são barracas de acampamento, colchonetes, cobertores, lonas plásticas, galões plásticos e purificadores de água, que chegarão à Bahia por via aérea e/ou serão adquiridos no mercado brasileiro, disse.

De férias em Santa Catarina, Bolsonaro não foi visitar os municípios afetados pelas tempestades.

As chuvas que atingiram a Bahia já deixaram 24 pessoas mortas e 434 feridas. Até o momento, as enchentes deixaram 37.324 pessoas desabrigadas e 53.934 desalojadas. Já são 141 municípios atingidos, e 132 seguem em situação de emergência. No total, 629.398 pessoas foram afetadas.

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