Após tragédia, Capitólio (MG) anuncia reabertura parcial de visita a cânions

Turistas poderão voltar a frequentar a área a partir da próxima quarta (30)

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Belo Horizonte

O prefeito do município de Capitólio (MG), Cristiano Geraldo da Silva (PP), publicou um decreto que autoriza a reabertura parcial da visitação aos cânions da cidade na próxima quarta-feira (30).

O atrativo estava fechado desde o dia 8 de janeiro, quando um paredão de rochas se desprendeu dos cânions e caiu sobre lanchas que passeavam com turistas. Dez pessoas morreram no acidente.

Recorte de vídeo do momento em que paredão de rochas se desprendeu e caiu sobre lanchas em Capitólio (MG)
Local do acidente no lago de Furnas, em Capitólio, em janeiro deste ano; parte de paredão cedeu e atingiu turistas, causando dez mortes - Reprodução

De acordo com a prefeitura, o objetivo é fazer uma reabertura parcial com responsabilidade e sustentabilidade. Após a conclusão de estudos geológicos que estão em andamento, será realizado um plano final de monitoramento da região.

A liberação para retorno do turismo acontece após a investigação da Polícia Civil concluir que o acidente aconteceu por causas naturais. No início do mês, o inquérito foi finalizado e determinou que não houve influência humana na queda do paredão que causou a tragédia.

Conforme a perícia geológica realizada pela corporação, a queda do paredão foi causada pela correnteza na parte inferior das rochas e também pela ação do vento e das chuvas na parte superior do bloco que se desprendeu.

De acordo com Otávio Guerra, perito em geologia da Polícia Civil, não é possível dizer exatamente há quanto tempo o paredão de rochas vinha sendo desgastado pela correnteza provocada pela cachoeira, pela chuva e pelo vento.

Os passeios de lancha na região, um dos principais atrativos turísticos da cidade, estavam proibidos desde o dia do acidente.

O paredão que se desprendeu e caiu sobre as embarcações tinha cerca de 900 toneladas, conforme cálculos da Polícia Civil. No momento do acidente, havia no local oito lanchas e uma moto aquática.

As dez vítimas fatais estavam em uma embarcação chamada Jesus. Eram nove turistas e o piloto que conduzia a lancha.

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