Descrição de chapéu Obituário Henrique Arthur Hoehn Filho (1969 - 2022)

Mortes: Dedicou-se incansavelmente a servir aos outros

Henrique Hoehn era o porto seguro da família, de amigos e de toda uma comunidade acadêmica

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Rio de Janeiro

Parecia não ter dia nem hora para que Henrique Hoehn ajudasse as pessoas. Tanto com a família quanto no trabalho ele tinha prazer em ser prestativo e servir os outros a qualquer hora.

"Não tem quem não gostasse, ele era muito humano", diz a esposa, Catia Hoehn, 49.

Henrique Arthur Hoehn Filho (1969-2022) e a esposa, Catia Hoehn
Henrique Arthur Hoehn Filho (1969-2022) e a esposa, Catia Hoehn - Arquivo pessoal/Catia Hoehn

Natural do Rio de Janeiro e morador de Petrópolis, nem mesmo a distância o parava. "Se eu tivesse vontade de comer um pão no Rio, mesmo morando aqui, ele iria buscar", diz ela —pouco mais de 60 quilômetros separam as duas cidades.

Henrique fazia este trajeto praticamente todos os dias úteis para chegar ao trabalho na ECO (Escola de Comunicação da UFRJ), onde ingressou como servidor em maio de 2005 –ele tem formação em assistente de administração.

Lá, era querido e admirado pela comunidade acadêmica por sua incansável vontade de ajudar a todos. Catia conta que o marido ficava disponível sempre para contato por email ou por celular.

Henrique chefiava a seção de ensino da ECO, que atende cerca de 1.300 estudantes de graduação, mais o corpo docente e outros servidores da UFRJ.

Suzy dos Santos, 52, professora e diretora da ECO, diz, em tom de brincadeira, que muitos alunos afirmavam que deviam sua graduação e diploma a ele. E acrescenta que o servidor costumava ajudar de forma discreta.

"Com bom humor do tamanho do mundo e eficiência ímpar, ele era o que entendemos como excelência no serviço público. Tinha empatia, afeto e conhecimento profundo dos setores."

Apaixonado por futebol, Henrique era torcedor do Flamengo e sabia nomes e escalações do próprio time e de outras equipes de todo o mundo. Também era fanático por tecnologia e computação.

Amante da natureza, ele tinha árvores plantadas em vasos, como uma jabuticabeira de estimação. Também tinha quase um zoológico em casa: gatos, peixes, porquinho-da-índia e calopsita habitavam o lar. ​

Seu grande sonho era se aposentar e ter uma casa grande com jardim, onde pudesse cultivar um pomar, piscina e espaço para receber os amigos.

Os planos, porém, acabaram interrompidos. Nascido em 5 de fevereiro de 1969, Henrique morreu aos 53 anos no dia 4 de abril em decorrência de um aneurisma cerebral.

Ele deixa a esposa, Catia, os filhos, Matheus e Nicolas, e o irmão mais novo, Carlos Eduardo. Deixa também inúmeros amigos, professores, alunos e colegas que tanto o admiravam.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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