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Compartilhamento de bike elétrica começa na segunda (6) na cidade de São Paulo

Serviço, que terá tarifa adicional na comparação com modelo tradicional, conta com 500 unidades espalhadas pela capital paulista

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São Paulo

Começa a funcionar na próxima segunda-feira (6) o compartilhamento de bicicletas elétricas na cidade de São Paulo. No início, serão 500 unidades distribuídas em cerca de 250 estações espalhadas pela cidade.

A meta é dobrar o número de número de e-bikes até o fim do ano, segundo Tomas Martins, CEO da Tembici, que já faz o compartilhamento de bicicletas comuns, de cor laranja. As estações serão as mesmas para os dois modelos.

O lançamento foi feito nesta sexta-feira (3) em homenagem ao Dia Mundial da Bicicleta. O evento na praça Franklin Roosevelt, na região central, contou com a presença do prefeito Ricardo Nunes (MDB), que pedalou em comitiva de volta para a prefeitura, no viaduto do Chá, também no centro.

O prefeito Ricardo Nunes com bicicleta elétrica na praça Franklin Roosevelt, no centro de São Paulo; modelo começará a ser compartilhado na capital paulista - Fábio Pescarini/Folhapress

Atualmente, a Tembici conta com 2.600 bicicletas para compartilhamento na cidade.

O preço do aluguel da bike elétrica será superior ao das tradicionais. Enquanto a comum custa R$ 3,99 por 15 minutos de uso na locação avulsa, o novo equipamento terá ainda uma cobrança de R$ 0,20 por minuto.

No pacote mensal, o mais caro, a bicicleta normal custa R$ 39,99, com direito a quatro viagens de 60 minutos por dia. Na versão elétrica, será cobrado mais R$ 2,50 para cada 15 minutos de uso.

Para fazer a locação é preciso baixar o aplicativo Bike Itaú no celular e fazer um cadastro.

"É a mesma bicicleta disponível nos serviços de Nova York, Washington e Londres", afirmou Martins.

Visualmente, os dois modelos —comum e elétrico— são semelhantes, já que nem motor nem bateria são visíveis. A principal diferença é que o novo equipamento tem próximo ao guidão um medidor da carga. De acordo com a empresa, a velocidade é limitada a 25 km/h.

A e-bike disponível para compartilhamento, segundo o Martins, não tem acelerador e usa sistema de pedal assistido, ou seja, quando ciclista pedala há uma assistência elétrica que auxilia em ladeiras, por exemplo.

O prefeito, que repetiu várias vezes ser sedentário, disse ter sido convencido a usar uma bicicleta, durante agenda em Nova York no início do ano, quando descobriu que o modelo disponível era elétrico. "Não faço academia e nem nada", afirmou.

O modelo elétrico, afirma Nunes, vai ser útil principalmente pessoas mais velhas —segundo ele, atualmente 14% da população da cidade é idosa, número que tende a dobrar para 30% em 2050.

Além do Itaú, o projeto, segundo o executivo, foi desenvolvido junto com o iFood para auxiliar no trabalho dos entregadores. "São Paulo é a primeira cidade que conta com esse serviço no país", afirmou.

Segundo Fernando Martins, responsável por inovação e logística do iFood, a empresa planeja que até 2025 metade dos modais para entrega seja de veículos não poluentes.

Sobre a data, Nunes admitiu que existem muitas ciclovias e ciclofaixas na cidade que precisam ser reformuladas.

O prefeito afirmou que a cidade soma atualmente 700 km de vias para ciclistas e que o plano de metas da prefeitura é construir mais 300 km até 2024. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), para 2022 estão definidos 157 km de novas ciclovias ou ciclofaixas, dos quais 48 km já estão em execução.

Um estudo divulgado nesta sexta-feira pela Associação Brasileira de Medicina de Tráfego mostrou que no ano passado o número de ciclistas vítimas de acidentes graves de trânsito, ou seja, que provocaram hospitalizações por ao menos 24 horas, cresceu cerca de 22% no país na comparação com 2019, período anterior à pandemia de Covid-19.

No estado de São Paulo o crescimento foi de 23% no período, de acordo com a associação, com dados do SUS (Sistema Único de Saúde).

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