Por onde passou, David Coimbra sempre deixou como lembrança as boas histórias e a capacidade para agregar pessoas.
Ele viveu a vida de forma intensa e alegre. Gostava de comer e beber —chope não podia faltar— e da companhia dos amigos.
Conhecido pelo humor inteligente, David não se levava muito a sério e não perdia tempo com coisas sem importância, segundo a arquiteta Márcia Camara, 53, sua mulher.
Gaúcho de Porto Alegre, ele cresceu no bairro Iapi, cenário de parte de suas crônicas —ao longo da carreira, foi jornalista, radialista e escritor.
Formado pela PUC (Pontifícia Universidade Católica) do Rio Grande do Sul, David foi assessor de imprensa da livraria e editora Sulina, e depois migrou para as Redações. Como repórter ou editor passou por Correio do Povo, Diário Catarinense, Jornal da Manhã, Jornal NH e Jornal de Santa Catarina, além das rádios Eldorado e Guaíba e pela RCE TV.
Na década de 1990, assumiu a editoria de esportes do jornal Zero Hora, no qual manteve uma coluna diária até morrer.
David deixou 22 livros publicados, incluindo romances e coletâneas de crônicas. No último, "Hoje eu Venci o Câncer" (2018), contou seu tratamento contra um câncer nos rim que descobriu em 2013.
Um ano após ter descoberto a doença, ele seu mudou com a família para Boston (EUA) para participar de um tratamento experimental.
David morreu dia 27 de maio, aos 60 anos, em decorrência das complicações do câncer renal. Ele estava internado no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, desde o último dia 22 .
Dias antes, escreveu uma crônica para falar sobre seu tratamento. O texto "Quando quis Morrer" foi publicado pelo Zero Hora no dia 16.
David deixa a mulher, Márcia, e o filho, Bernardo.
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