Descrição de chapéu cracolândia

Polícia Civil prende paraguaio suspeito de tráfico na cracolândia

Homem de 28 anos, segundo as autoridades, carregava quase um quilo de crack

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São Paulo

Policiais civis do 3° Distrito Policial, de Campos Elíseos, prenderam na tarde de sexta-feira (22) o paraguaio Eugênio Ramon Domingues, 28, suspeito de tráfico de drogas na região da cracolândia, no centro de São Paulo.

O suspeito carregava um tijolo de crack de 977,83 gramas na rua Santa Ifigênia, segundo a polícia. Ele foi surpreendido por agentes do serviço de inteligência e investigação da Polícia Civil, que fazem parte da operação Caronte, deflagrada em abril do ano passado para prender traficantes que atuam na cracolândia.

Ainda segundo informações da polícia, o paraguaio faz parte da organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), mas não tem posição de liderança, apenas atua na distribuição da droga no fluxo dos dependentes químicos. Não havia mandado de prisão contra ele.

Pedra de crack e um celular fotografados em cima de uma mesa da polícia civil
O tijolo de crack de 977,83 gramas que foi apreendido na sexta-feira (22) com um homem paraguaio na rua Santa Ifigênia, no centro de São Paulo - Divulgação/Polícia Civil

A reportagem não conseguiu entrar em contato com a defesa do paraguaio.

Após a ação policial que esvaziou a praça Princesa Isabel, onde funcionava a cracolândia, ao menos 16 pontos do centro de São Paulo foram ocupados por dependentes químicos. O principal deles fica na rua dos Gusmões, na esquina com a avenida Rio Branco, bem próximo do local onde Domingues foi preso.

As gestões do prefeito Ricardo Nunes (MDB) e do governador Rodrigo Garcia (PSDB) defendem a dispersão como uma estratégia para enfraquecer a relação entre dependentes químicos e traficantes e, assim, convencer mais pessoas a buscar tratamento.

O deslocamento constante de usuários de drogas pelo centro, porém, tem provocado atritos com moradores e trabalhadores.

No começo de julho, houve confronto entre comerciantes da região da Santa Ifigênia e usuários que estavam no fluxo da rua dos Gusmões.

​Vídeos gravados com câmeras de celular mostraram funcionários dos estabelecimentos comemorando a dispersão após alguns dependentes terem sido atingidos por paus e pedras. No dia seguinte, lojistas organizaram um protesto pedindo mais segurança.

Atos semelhantes, porém sem violência, foram articulados por moradores do bairro Campos Elíseos.

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