Descrição de chapéu Obituário Haideé Inácio de Paula (1953 - 2022)

Mortes: Presenteada com duas famílias, exercitou o amor e a solidariedade

Haideé Inácio de Paula viveu para ajudar as pessoas

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São Paulo

Das muitas habilidades de Haideé, as que demandavam amor, como cuidar das pessoas, eram as que ela executava com mais desenvoltura.

Natural de Itapevi (Grande São Paulo), ela era a quinta de 15 filhos de um pintor com uma dona de casa. A responsabilidade a chamou cedo e, aos 13 anos, trocou as descobertas da adolescência pelo trabalho e foi doméstica até se aposentar.

Seu primeiro emprego foi trabalhando para Carolina Zilio. Aos poucos, um laço afetivo eterno se fez.

Haideé Inácio de Paula (1953-2022)
Haideé Inácio de Paula (1953-2022) - Arquivo pessoal

Em paralelo ao trabalho doméstico, Haideé foi incentivada por Carolina a dedicar-se ao que gostava.

Estudou piano, aprendeu corte e costura e fez curso de culinária, que foi onde ela se encontrou. "A comida dela era gostosa porque cozinhava com amor", diz a filha Ana Carolina de Paula Souza, 43.

Além das comidas simples do dia a dia, preparava pratos que ganharam fama na família, como o croquete de carne, o macarrão com queijo gorgonzola e o sagu —este, restrito às festas de fim de ano.

Por mais de 40 anos, Haideé segurou as mãos de Carolina. A jornada de amor, carinho e lealdade entre as duas só terminou em 2013, quando a amiga morreu.

"Haideé era sincera, verdadeira e de caráter impecável. Foi nossa companheira para todas as horas. Acompanhava minha mãe em todos os lugares, das compras no shopping aos passeios na praia. Elas viviam juntas", diz a analista de sistemas Ana Maria Zilio, 57.

Para Ana Carolina, Haideé foi um exemplo de mãe. "Ela era guerreira, honesta e viveu para ajudar. Cuidou dos irmãos, sustentou a casa e levou comida para os doentes", conta a filha, cujo nome foi escolhido para ser uma homenagem à Ana Maria e à Carolina.

Haideé casou-se aos 22 anos com Daniel Francisco de Paula, hoje com 71. Os dois se conheceram na igreja Congregação Cristã no Brasil.

Ela morreu dia 10 de agosto, aos 69 anos, por complicações de uma trombose. Deixa o marido, uma filha, dois netos e a família do coração.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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