Descrição de chapéu aeroportos

Greve de pilotos chega ao quarto dia com atrasos

Tribunal Superior do Trabalho realiza audiência com empresas e deve se reunir com aeronautas nesta tarde

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São Paulo

A greve de pilotos, copilotos e comissários, que chega ao seu quarto dia nesta quinta-feira (22), avança com atrasos em ao menos 16 aeroportos. O TST (Tribunal Superior do Trabalho), que participa das negociações desde a última semana, realiza uma audiência com o sindicato das empresas e deve se reunir com os aeronautas ainda nesta tarde.

Caso não haja acordo, a suspensão de decolagens entre 6h e 8h deve continuar, segundo representantes dos tripulantes aéreos.

Até as 12h desta quinta, Congonhas registrou 37 atrasos e 17 cancelamentos, segundo a Infraero. No Rio, o Santos Dumont, também operado pela Infraero, teve 35 atrasos e 11 voos cancelados. A assessoria, no entanto, diz que nem todos os transtornos estão relacionados à greve.

Já o Galeão registrou duas decolagens atrasadas, e a operação foi normalizada em seguida. A situação foi parecida no aeroporto de Confins, na Grande Belo Horizonte, que teve três atrasos até as 10h.

Em Guarulhos, dois voos saíram com atraso. No Distrito Federal, o aeroporto de Brasília registrou 27 atrasos entre as 67 decolagens previstas até o momento.

O Aeroporto Internacional Salgado Filho registrava, até as 8h, cinco atrasos. Já em Fortaleza, o painel indicava cinco voos atrasados e um cancelado.

tripulantes segurando placas com frases de protesto, foto mostra as pessoas abaixo do pescoço
Grevistas reuniram-se nesta quinta (22), das 6h às 8h, no saguão do aeroporto de Congonhas, em São Paulo - Karime Xavier - 22.dez.22/Folhapress

Na quarta (21), a paralisação gerou efeitos em cerca de 20 aeroportos, contando com os nove locais em que há protestos. Nos aeroportos de Congonhas (São Paulo), Guarulhos (SP), Galeão, Santos Dumont (ambos no Rio), Viracopos (Campinas), Porto Alegre, Fortaleza, Brasília e Confins (Grande Belo Horizonte), os grevistas se apresentam para trabalhar, mas não fazem a decolagem.

"As empresas não esperavam que a greve fosse chegar a esse ponto", disse o presidente do SNA (Sindicato Nacional dos Aeronautas), em live transmitida na quarta nas redes do sindicato. "Logo isso vai terminar, tem que terminar. Mas a categoria precisa continuar mostrando sua força e comparecer aos aeroportos".

Procuradas pela Folha para comentar o caso e transtornos para passageiros e voos, Gol e Latam disseram, em nota, que as operações tiveram alguns atrasos durante amanhã e orientaram os passageiros a buscar informações sobre os voos em seus sites. A Azul afirmou que não vai comentar o assunto.

Os aeronautas cobram das empresas aéreas a recomposição salarial pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e ganho real (acima da inflação) de 5%.

Nas cláusulas sociais, pedem a manutenção da convenção coletiva da categoria, a definição dos horários de início e o veto a alterações nos horários de folgas programadas.

Em nota divulgada na terça (20), o Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias) afirmou que as empresas aéreas têm trabalhado para dar assistência aos passageiros.

Em relação às negociações, o Snea citou no texto a proposta rejeitada pela categoria no domingo (18), em negociação mediada pelo TST (Tribunal Superior do Trabalho), com recomposição de perdas da inflação e um ganho real de 0,5%, além da autorização para tripulantes venderem voluntariamente as folgas.

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