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Justiça aceita nova denúncia contra Thiago Brennand

Ele é acusado de estupro, registro não autorizado da intimidade sexual e constrangimento ilegal

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São Paulo

O Tribunal de Justiça paulista aceitou, na última sexta (16), uma nova denúncia do Ministério Público contra Thiago Brennand, 42. Desta vez, ele é acusado de estupro, registro não autorizado da intimidade sexual e constrangimento ilegal.

A nova denúncia, a sexta contra Brennand, refere-se ao caso da estudante de medicina Stefanie Cohen, 30, que afirma ter sido estuprada por ele em outubro de 2021. O relato dela foi divulgado primeiramente pelo Fantástico e depois foi confirmado pela estudante à Folha. O caso corre em segredo de justiça.

A Folha tenta contato com o escritório de Ricardo Sayeg desde que ele passou a representar Brennand, mas recebe como resposta que o advogado não se manifestará. Nesta segunda (19), a reportagem o procurou novamente e não foi atendida.

Em vídeos postados nas redes sociais, Brennand nega as acusações.

Herdeiro e empresário Thiago Brennand, acusado de agressão e crimes sexuais por ao menos 11 mulheres
Herdeiro e empresário Thiago Brennand, acusado de agressão e crimes sexuais por ao menos 15 mulheres - Reprodução/Facebook

Cohen disse acreditar na Justiça brasileira e que "a melhor coisa é denunciar".

"Aguardo a extradição para que ele cumpra os crimes dele onde ele é cidadão, já que ele optou pela fuga", afirmou ela nesta segunda (19).

Brennand ficou conhecido após agredir, em agosto deste ano, a modelo Alliny Helena Gomes, 37, durante uma discussão em uma academia na zona oeste de São Paulo. Após a repercussão, ele viajou para Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, onde foi preso em 13 de outubro e solto após pagar fiança. Ele responde a processo de extradição em liberdade.

Stefanie Cohen afirma que foi estuprada e dopada por Thiago Brennand
Stefanie Cohen afirma que foi estuprada e dopada por Thiago Brennand - Reprodução/Instagram

Entenda o caso de Stefanie Cohen

À Folha Cohen disse que conheceu Brennand em outubro de 2021, quando ele a levou para jantar e, no fim, pediu duas caipirinhas de caju. A estudante relatou que, após beber, começou a passar mal e ficou desorientada. Ela disse acreditar ter sido dopada e estuprada e afirmou, entre outras coisas, que ele a forçou a fazer sexo anal e não usou preservativo.

De acordo com ela, acordou no dia seguinte com dores e sem saber onde estava. Quando disse que iria tomar um banho, Brennand a ofendeu, afirmou que seu corpo era flácido e sugeriu que ela deveria fazer uma intervenção cirúrgica.

O empresário teria dito a Cohen que eles iriam para sua casa no condomínio Fazenda Boa Vista, em Porto Feliz. Por isso, mandou o segurança levá-la de volta para casa para fazer uma mala.

Ela disse que, quando chegou ao local, disse ao segurança que tinha um compromisso e que voltaria para a casa de Brennand só mais tarde. Depois disso, entrou em casa e contou à mãe o que tinha acontecido.

Cohen afirmou que estava disposta a denunciá-lo, mas mudou de ideia depois que Brennand mandou um vídeo dos dois na noite anterior —ela disse que não autorizou que ele gravasse as imagens. "Na hora, aquilo me calou. Foi um misto de ódio com vergonha."

Para a estudante, o vídeo foi uma forma de intimidá-la e, depois disso, eles não se falaram mais. Na segunda-feira seguinte —o jantar entre eles foi em uma quinta—, ela procurou a ginecologista Roberta Grabert. Em um laudo escrito em 2022, a médica declarou que Cohen relatou ter sofrido abuso, mas que não quis procurar a polícia, pois estava sendo ameaçada por Brennand.

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