Descrição de chapéu réveillon

Mulher morta por rojão no Réveillon foi a praia para ver queima de fogos, diz primo

Vítima e parentes chegaram a mudar de lugar na faixa de areia da praia Nova Mirim, no litoral paulista, após verem pessoas acenderem artefatos

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São Paulo

A analista de backoffice Elisangela Tinem Gonçalves, 38, morta após ser atingida por um rojão durante o Réveillon no litoral paulista, havia ido até a praia para assistir à queima de fogos oficial realizada pela Prefeitura de Praia Grande.

Ela morava com os dois filhos na zona norte da cidade de São Paulo.

A mulher foi atingida logo após a meia-noite de 1° de janeiro por um artefato particular, que não fazia parte da festa oficial, conforme investigação preliminar da Polícia Civil. Ela estava com familiares na faixa de areia da praia Nova Mirim.

A intenção da família era permanecer no litoral até o dia 4.

Mulher faz selfie
Elisangela Tinem Gonçalves, 38, que morreu após ser atingida por um rojão durante Réveillon em Praia Grande (SP), na madrugada de 1º de janeiro de 2023 - Reprodução/@elisangelatinem no Instagram

O corpo de Elisangela foi enterrado por volta das 17h desta segunda-feira (2) no cemitério Vila Nova Cachoeirinha, na zona norte paulistana. Cerca de cem pessoas estiverem presentes no local para se despedir dela.

A vítima havia ido até a praia na companhia de familiares, entre eles os dois filhos, de 18 e 13 anos, e o analista de sistemas Alexander Gonçalves, 41, primo dela.

À Folha, Gonçalves disse que o grupo havia ido até a praia somente para assistir à queima de fogos. Eles haviam se fixado num ponto da praia, mas resolveram sair após notar que várias pessoas soltavam fogos na faixa de areia.

Por precaução, relatou o analista de sistemas, eles resolveram ficar em outro ponto para assistir ao show pirotécnico. Pouco depois, um rojão veio por trás deles e atingiu Elisangela.

Gonçalves relatou que, no momento em que tentou retirar o objeto de sua prima, houve uma explosão.

A mulher foi atingida no tórax e no braço direito, conforme o delegado Alex Mendonça do Nascimento. O Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência) foi acionado, porém ela morreu no local.

"Eu estava ao lado dela, mas ela se debateu. Eu pulei na direção e tentei puxar, mas foi muito rápido e explodiu", relatou Gonçalves.

Ele também foi atingido na explosão. Nesta segunda-feira (2), Gonçalves estava com um dos braços enfaixado. O homem também queimou a mão, peito e perna.

A Praia Grande teve oficialmente seis pontos isolados para a queima de fogos em diversos bairros de sua extensão. De acordo com a gestão municipal, uma lei prevê a proibição do manuseio, da utilização, da queima e da soltura de fogos de estampidos e de artifícios, assim como de quaisquer artefatos pirotécnicos com estampido em todo o território do município.

A Polícia Civil busca identificar o responsável pelo rojão por meio de imagens ou testemunhas que possam ter registrado ou visto a ação.

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