'Galã do Tinder' é condenado a mais de 4 anos de prisão por estelionato

OUTRO LADO: Defesa não foi localizada; suspeito de obter R$ 150 mil de mulher que conheceu em aplicativo negou o crime em dezembro

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São Paulo

O Tribunal de Justiça de São Paulo condenou, nesta segunda-feira (12), o vendedor Renan Augusto Gomes, 35, conhecido como "galã do Tinder", a quatro anos e seis meses de prisão em regime inicial fechado. Ele foi detido, em setembro do ano passado, após conseguir R$ 150 mil de uma professora, com a qual se relacionou por cerca de quatro meses, em 2021.

A 3ª Vara Criminal de São Bernardo do Campo (Grande SP) considerou, na sentença, as consequências do delito, como prejuízo financeiro e abalo psicológico causados à vítima.

O vendedor Renan Augusto Gomes, 35, está preso desde setembro em São Paulo - Reprodução/Tinder

A Folha não conseguiu contato com os advogados do réu nesta segunda. Em dezembro, a defesa de Renan teve um pedido de habeas corpus recusado e, na ocasião, negou as acusações.

Segundo as investigações, Renan conhecia as vítimas em aplicativos de namoro e se apresentava como um homem solteiro, morador dos Jardins, área nobre de São Paulo, e que estaria em busca de um relacionamento sério.

De acordo com as investigações, ele frequentava círculos sociais e familiares das vítimas, ganhava a confiança delas e depois mencionava situações de emergência financeira ou de parceria em negócios para pedir dinheiro.

Segundo o Ministério Público, após a divulgação da prisão de Renan, em setembro, outras mulheres o denunciaram, o que gerou a instauração de ao menos cinco inquéritos. Uma dessas mulheres afirmou, em depoimento, ter sofrido um prejuízo de R$ 500 mil.

A promotora de Justiça do caso, Érika Pucci da Costa Leal, classificou o crime como estelionato sentimental "pelo induzimento da vítima em erro, mediante o emprego de meio fraudulento consistente em promessa de relação afetiva ou com base em relação de confiança fundada em falso vínculo amoroso, tudo para obtenção de bens ou valores em proveito próprio ou alheio".

Apuração da Polícia Civil, em parceria com o Ministério Público, indica que o suspeito agia na internet desde 2012 e aplicava golpes em todo o estado de São Paulo.

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