Descrição de chapéu greve

Com greve no metrô, governador e prefeitura decretam ponto facultativo nesta sexta

Governantes tomaram a decisão mesmo antes da confirmação da paralisação

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São Paulo

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) decretaram ponto facultativo para os servidores públicos estaduais e municipais, respectivamente, nesta sexta-feira (24).

A decisão foi tomada após a audiência no Tribunal Regional do Trabalho, durante a tarde, quando o Metrô deixou claro que não aceitaria a proposta de conciliação para pagar o abono salarial pedido pela categoria. O Sindicato dos Metroviários até deu um prazo até as 23h para a companhia se decidir, mas não houve acordo e a paralisação, iniciada nesta quinta e com previsão inicial para durar 24 horas, foi mantida.

Passageiros tentam acessar ônibus ao lado de fora da estação da Luz do metrô
Passageiros tentam acessar ônibus ao lado de fora da estação da Luz do metrô - Bruno Santos/Folhapress

Em nota enviada à imprensa, o governador anunciou o ponto facultativo nas repartições públicas estaduais da capital e da região metropolitana de São Paulo.

Já o comunicado de Nunes citou as exceções, que não terão ponto facultativo: serviços essenciais como serviço funerário, unidades de atendimento das secretarias de Saúde e Assistência Social, toda a rede municipal de ensino e a segurança.

O vaivém de decisões sobre a greve confundiu os passageiros desde o início da manhã desta quinta, provocando aglomeração nas estações e superlotando os ônibus e trens, que mantiveram suas rotinas diárias.


ENTENDA A GREVE NO METRÔ DE SP

O que os metroviários pedem

  • Pagamento de abono salarial para repor o não pagamento das PRs (participação nos lucros) de 2020 a 2022
  • Revogação de demissões por aposentadoria especial
  • Revogação de desligamentos realizados em 2019
  • Fim das terceirizações e privatizações
  • Abertura imediata de concurso público para repor o quadro defasado de funcionários

O que diz o Metrô

Afirma não ter dinheiro para pagar o abono salarial neste momento, alegando que a empresa teve quedas significativas de arrecadação devido à pandemia e ainda não teve o retorno total da demanda de passageiros, se comparada a 2019

VAIVÉM SOBRE ABERTURA DAS CATRACAS

Na véspera da greve

  • Justiça rejeita liminar do Metrô e permite catraca livre em caso de greve
  • Sem acordo com empresa, metroviários anunciam greve
  • Metrô não divulga se vai liberar passageiros de graça

No dia da greve

  • Metroviários entram em greve, com estações fechadas
  • Funcionários afirmam que voltariam ao trabalho com catracas livres
  • Metrô anuncia que aceita liberar catracas
  • Metroviários dizem que estão a postos para trabalhar, mas estado não libera passageiros
  • Gestão Tarcísio acusa funcionários de não terem voltado ao trabalho
  • Justiça revê decisão e manda metroviários garantirem 80% do serviço durante a greve
  • Funcionários dizem que não vão voltar ao trabalho sem catraca livre

7.200
metroviários compõem o quadro. Desse total, 3.800 são funcionários diretamente ligados à operação dos trens, sendo que cerca de 700 trabalham ao mesmo tempo nas quatro linhas

3 milhões
é o número atual de passageiros do sistema por dia, segundo o Metrô. Antes da pandemia, a média ficava entre 3,8 milhões e 4 milhões de passageiros

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