Com greve do metrô, manhã registra recorde de congestionamento em SP

Rodízio de veículos foi suspenso na capital e lentidão atingiu 846 km às 8h30 e 823 km às 19h

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São Paulo

O congestionamento registrado em São Paulo nesta quinta-feira (23) bateu o recorde do ano para o período matutino por causa da greve dos metroviários.

Às 8h30, com o rodízio de veículos suspenso, foram computados 846 km de congestionamentos nas vias da capital pela parceria CET-Waze,

no Observatório Mobilidade Segura. Levando-se em conta a lentidão média das outras quintas-feiras de março (516,3 km), o aumento do trânsito foi de 63,8%.

Tráfego na av. Moreira Guimarães, zona sul de SP - Rubens Cavallari - 16.dez.22/Folhapress

Na divisão por regiões, foram registrados 272,4 km de lentidão na zona sul, 205,3 km na leste, 167 km na oeste, 126 km na norte e 71,2 km no centro.

As vias mais congestionadas foram a marginal Pinheiros (20,1 km), a pista expressa da marginal Tietê (13 km), o Rodoanel (12 km) e a rodovia Raposo Tavares (7,5 km).

No início da noite, o congestionamento voltou a ser grande, atingindo 823,2 km às 19h, aumento de 11,8% em relação à média das quintas-feiras do mês no mesmo horário: 736,3 km.

A SPTrans reforçou a frota de 13 linhas de ônibus que atendem o eixo das linhas do metrô.

Além disso, duas linhas foram criadas emergencialmente: Metrô Tucuruvi-Praça do Correio (circular) e Metrô Santana-Praça do Correio (circular).

Também houve mudança no trajeto de duas linhas, que foi estendido: a linha 178Y/10 Vila Amélia-Metrô Jardim São Paulo foi prolongada até o metrô Santana, onde há mais opções de linhas de ônibus municipais para a integração; e as linhas 5022/10 Vila Santa Margarida-Jabaquara, 5018/10 Shopping Interlagos-Jabaquara, e 5018/31 Shopping Interlagos-Jabaquara deverão operar em sistema circular no metrô Jabaquara.

GREVE DO METRÔ

Os metroviários de São Paulo aprovaram na noite de quarta uma greve de 24 horas a partir da 0h desta quinta. As linhas 1-azul, 2-verde, 3-vermelha do metrô e a linha 15-prata, do monotrilho, estão paradas.

A categoria reivindica o pagamento de abono salarial, para repor o não pagamento das PRs (participação nos lucros) de 2020 a 2022. Pede, ainda, a revogação de demissões por aposentadoria e outros desligamentos realizados em 2019, além de novas contratações.

Em meio à greve, o governo de São Paulo anunciou que vai liberar as catracas do metrô nesta quinta. Ainda não há, porém, informações sobre como funcionará a liberação das catracas, nem o horário em que os trens devem voltar a circular.

Pouco antes desse anúncio pelo governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), o Sindicato dos Metroviários já havia determinado o retorno ao trabalho porque o Metrô se comprometeu a operar com catraca livre, sem cobrança de tarifa.

As negociações entre governo e sindicato dos Metroviários começaram em 11 de janeiro, e assembleia da categoria nesta quarta decidiu pela greve (51,83% votaram a favor da paralisação, 45,21% votaram contra e 2,96% se abstiveram). Em nota, a companhia disse não ver justificativa para a paralisação.

"O Metrô empenhou todos os esforços para atender aos pleitos do sindicato, em acordo com a realidade econômica da companhia. Essa realidade não possibilita o pagamento de abono salarial neste momento, já que a empresa teve significativas quedas de arrecadação pela pandemia e não teve ainda o retorno total da demanda de passageiros, se comparada a 2019", diz.

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