Rotineiramente, o padre Claudionor José Schmitt dizia ser seu trabalho pregar alegria e esperança. Com essa crença, ele atuou por 18 anos em Brusque, no estado de Santa Catarina.
Sempre sorridente, foi figura amada em toda a cidade. Era a autoridade, o confidente e o apaziguador.
Nascido em Gaspar, nos vales catarinenses, em 23 de agosto de 1948, o clérigo iniciou no sacro ofício ainda criança. Mais tarde, ele estudou filosofia no Convento Sagrado Coração de Jesus, em Brusque, e teologia no Instituto Teológico, em Taubaté, no estado de São Paulo.
Em dezembro de 1975, foi ordenado presbítero —líder espiritual de uma paróquia— pela Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus.
Depois, passou por várias cidades de São Paulo e Santa Catarina. Mas foi em Brusque que Claudionor encontrou a paz. Em meados de 2005, ele desembarcou na cidade já muito experiente, mas em busca de novas histórias de vida.
Peregrinou pela cidade até ser alocado na Casa Padre Dehon, onde ficou até 2022, saindo para assumir como vigário da paróquia São Luís Gonzaga, a igreja matriz. Lá, ficou por poucos, porém marcantes, meses.
Atraía multidões para suas missas, que não se restringiam a propagar o evangelho, como também falavam do enfrentamento aos problemas sociais, sua principal preocupação.
Já septuagenário, vislumbrava um país melhor. Insistentemente, buscava recursos paroquiais para ajudar o município na realização de ações para os mais pobres. Adorava participar dos eventos, em que não se limitava a manter a rígida pose eclesiástica, participando ativamente das celebrações.
Abruptamente, o padre adoeceu no último mês de dezembro, sendo obrigado a abandonar suas atividades e ser recluso para melhores cuidados no Noviciado de Nossa Senhora de Fátima, em Jaraguá do Sul, também em Santa Catarina.
No dia 19 de março, após um mal-estar, foi levado para o hospital. Dois dias depois, ele morreu, aos 74 anos.
"Acolhemos com tristeza a notícia de falecimento do padre Claudionor que, por tantos anos, no seu ministério sacerdotal, se dedicou à cidade de Brusque, trabalhando na Casa Dehon e, neste último ano, na paróquia São Luís Gonzaga conosco", declarou o atual pároco do local, Diomar Romaniv.
"Havia sempre a sua disponibilidade de atender confissões durante a missa, com a característica própria do seu sorriso e alegria, que contagiava a todos. Rezamos por seu descanso eterno."
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