Descrição de chapéu Obituário Eduardo Franco de Siqueira Cunha (1941 - 2023)

Mortes: Engenheiro, participou da construção do Masp e da Cidade Universitária da USP

Eduardo de Siqueira Cunha deu aulas por 40 anos e foi apaixonado por cavalos e enduros equestres

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Curitiba

A estética moderna do projeto da arquiteta Lina Bo Bardi para o Masp (Museu de Arte de São Paulo) foi um grande desafio para quem participou da construção do edifício na avenida Paulista. Quem gostava de falar sobre isso era o engenheiro civil Eduardo Franco de Siqueira Cunha.

"Ele dizia que o projeto da Lina era um desafio por conta das enormes estruturas de concreto e dos espaços vazios", recorda a filha Luciana Siqueira Cunha.

Ainda estudante da USP (Universidade de São Paulo), Eduardo esteve presente durante as obras do Masp. Assim como acompanhou de perto a construção da Cidade Universitária, no Butantã (zona oeste de São Paulo).

Eduardo Franco de Siqueira Cunha (1941 - 2023)
Eduardo Franco de Siqueira Cunha (1941 - 2023) - Arquivo pessoal

"Lembro muito dele contando da construção do Conjunto Residencial da USP (Crusp) para os Jogos Pan-Americanos de 1963", conta a filha.

Professor por 40 anos da Fatec (Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo), dava aulas de resistência de materiais. Eduardo também trabalhou nas primeiras obras de abertura do loteamento da Granja Viana, na Grande São Paulo. Além disso, atuou por anos em usinas de concreto, viajando pelo Brasil todo.

Desde a infância, o engenheiro adorava cavalos e praticou cavalaria e enduros equestres — competição de obstáculos em velocidade. Da atividade, conquistou vários amigos, que preservou durante toda vida. "Ele ajudou a instalar a Hípica da Riviera", conta a filha.

Os amigos da USP também foram mantidos desde a universidade. "Até o final, preservou as amizades com os colegas de turma e 15 dias antes de ser diagnosticado com câncer no pâncreas, em março deste ano, participou de um almoço comemorando quase 60 anos de formatura", comenta.

Responsabilidade e generosidade o definem, diz a filha, lembrando de seu grande amor pela família e pela esposa, Maria Lúcia, com quem foi casado por 55 anos e "viveu uma história cheia de cumplicidade".

O lugar em que mais gostava de reunir família e amigos era na Riviera de São Lourenço, em Bertioga, no litoral paulista, onde construiu uma casa. "Ele sempre foi muito exagerado como anfitrião. Fazia questão que todos fossem bem servidos, com muita fartura. Gostava de todo mundo por perto, principalmente os netos", observa Luciana.

Nascido e criado na Santa Cecília, viveu a vida toda no bairro do centro de São Paulo.

Nas horas vagas, assistia aos jogos do São Paulo, seu time do coração. "Ele gostava de contar as histórias sobre os tempos que assistia, ainda criança, aos jogos do time no ‘morrinho’ do estádio do Pacaembu, e de quando foi à inauguração do estádio do Morumbi assistir ao tricolor jogar."

Eduardo também apreciava nadar e ouvir música, especialmente as de Luiz Gonzaga e Adoniran Barbosa.

O engenheiro civil faleceu no dia 17 de junho de 2023, de câncer no pâncreas, deixando esposa, três filhos e seis netos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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