Descrição de chapéu Obituário Ana Beatriz Tonon Cherem (1965 - 2023)

Mortes: Dona de bom humor invejável, ensinou a amar incondicionalmente

Ana Beatriz Tonon Cherem inspirou fisioterapeutas e foi elo da família

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São Paulo

Educadora física formada nos anos 1980, a jovem catarinense Ana Beatriz tinha o sonho de abrir uma clínica de fisioterapia. A jornada até a criação do negócio em Florianópolis começaria na década de 1990 com a segunda graduação, e a trajetória de fisioterapeuta fez com que ela se tornasse referência para alunos, colegas de profissão e pacientes.

Ana Beatriz Tonon Cherem nasceu em Tubarão, a cerca de 134 km da capital de Santa Catarina, em 1965. Morou durante a infância e parte da adolescência na cidade, onde praticava basquete, vôlei e handebol, seu esporte favorito.

A faculdade de fisioterapia, em Joinville, exigiu ainda mais dedicação de Ana, com o nascimento da filha ainda durante a graduação, em 1992, no Dia das Mães daquele ano. "Morávamos só nós duas até os meus cinco anos, que foi quando ela casou e foi morar junto com meu pai", afirma Morgana Tonon Pacífico, 31.

ana beatriz é branca, cabelos louros, está sorrindo para foto
Ana Beatriz Tonon Cherem (1965-2023) - Arquivo pessoal

"Eles se conheceram quando eu tinha seis meses, na primeira vez em que ela pôde sair depois que eu nasci", diz a filha sobre o casamento de Ana e Gerson Cherem II, 60.

Ao longo do tempo, Ana Beatriz ganhou reconhecimento de colegas e alunos pela sensibilidade, pelo bom humor e pela confiança que inspirava com sua dedicação à fisioterapia. "Ela tinha um bom humor invejável, era uma pessoa pra cima", afirma Morgana.

A carreira de Ana, iniciada nos atendimentos e com uma pausa para o nascimento do segundo filho, Pedro, em 1997, ampliou-se para o ensino. O reconhecimento foi manifestado por ex-alunos e colegas em uma homenagem do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional publicada nas redes sociais.

Perto dos 40 anos, Ana seguiu o conselho que dava aos pacientes, segundo Morgana, e fez alguns exames para avaliar a saúde. Os resultados indicaram um carcinoma agressivo em um dos pulmões, cujo tratamento a fisioterapeuta enfrentaria sempre com pensamento positivo nos anos seguintes.

Entre os gostos estavam viagens, passeios de bicicleta pela avenida Beira-Mar Norte, em Florianópolis, e champanhe, com direito à participação em uma confraria para apreciar a bebida.

Para os filhos, o principal ensinamento foi o amor incondicional. "Sempre passou a mensagem de amar as pessoas, independentemente de quem seja, o que tenha e de onde venha", diz Pedro Augusto, 26.

"Ela gostava de casa cheia e de cozinhar para a família no fim de semana, com todos unidos. Era o elo de tudo", afirma Morgana.

Ana Beatriz morreu em 17 de setembro, aos 58 anos, em decorrência do câncer. Ela estava internada no Imperial Hospital de Caridade, em Florianópolis. Deixa a mãe, Vilma Tonon, 78, o marido, os filhos e o neto Arthur, 5.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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