Um homem de 44 anos com licença de CAC (Colecionador, Atirador e Caçador) foi preso após atingir um adolescente com um tiro na tarde desta quarta-feira (18) em São Bernardo do Campo, no ABC paulista.
O disparo teria sido dado como forma de conter uma briga entre o filho dele e um outro adolescente na rua Lucia Zincaglia, no bairro Assunção. A confusão, que envolveu meninos entre 16 e 17 anos, teve início na porta de uma escola estadual.
Um vídeo mostra o momento em que o homem desce de um carro, saca a arma e atira para o chão. Naquele momento os dois jovens trocavam socos. O disparo ricocheteou e acertou o ombro do garoto que brigava com o filho do CAC, de acordo com a Polícia Civil.
A arma utilizada foi uma pistola Taurus 9 milímetros, um dos tipos de armamento que voltaram a ser de uso restrito das forças de segurança, de acordo com decreto federal assinado no último dia 21 pelo presidente Lula (PT). A venda do armamento havia sido liberada em 2019 durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Segundo a secretaria da Educação do Estado de São Paulo, a equipe gestora tomou todas as providências mesmo o caso sendo fora da unidade, acionando o Samu e avisando os responsáveis do aluno. Conforme a pasta, o estado de saúde do estudante é estável.
De acordo com a Polícia Civil, o CAC foi preso por porte ilegal de arma de fogo e lesão corporal.
Até por volta das 21h o boletim de ocorrência ainda não tinha sido finalizado.
"Triste cenário que presenciou-se hoje nas cercanias de um estabelecimento de ensino. Todas as condutas descritas como crime serão punidas, e aqueles que as praticaram responderão legalmente por elas, sejam maiores ou menores de idade, cada um na proporção de seus atos", disse a delegada seccional de São Bernardo do Campo, Kelly Cristina Sacchetto Cesar de Andrade.
Em nota, a secretaria paulista lamentou o ocorrido e declarou que a Diretoria de Ensino de São Bernardo do Campo e a unidade escolar estão à disposição e colaboram com as investigações.
A pasta ainda afirmou que o caso será inserido na Plataforma Conviva e que não prejudicou as atividades presenciais na escola, que fica próxima ao local da confusão.
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