Descrição de chapéu violência

Sâmia Bomfim pede acesso a inquérito sobre o assassinato do irmão

Família quer conhecer as linhas de investigação e eventuais provas do crime

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São Paulo

A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL) afirmou neste domingo (8) que a família dela, por meio de advogados, pediu acesso aos dados do inquérito sobre o assassinato do irmão, o médico ortopedista Diego Ralf de Souza Bomfim, 35.

Segundo ela, o objetivo é conhecer as linhas de investigação, ter acesso a dados e eventuais provas.

Diego e outros dois colegas de profissão foram mortos a tiros em um ataque que deixou ainda um ferido. Eles foram atingidos na madrugada de quinta-feira (5) em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro.

Cercada pela irmã e pela mãe, a deputada federal Sâmia Bomfim (de azul) durante o sepultamento do corpo do irmão, Diego Bomfim - Bruno Santos - 7.out.23/Folhapress

No sábado, pouco depois do enterro do irmão, em Presidente Prudente (SP), a deputada afirmou que irá unir a condição de irmã de vitima de assassinato à de parlamentar para atuar no combate à violência promovida por um "poder paralelo muito profundo e estruturado no país".

No Rio de Janeiro, a crise de segurança é agravada pelo enfrentamento entre traficantes e milicianos.

Nas redes sociais, Sâmia contou que Diego a incentivava a usar a voz para brigar por justiça. "Essa briga eu daria tudo para não precisar dar, mas será a maior de todas elas".

O irmão da deputada estava no Rio para participar de um congresso internacional sobre cirurgia minimamente invasiva, com 300 profissionais brasileiros e de outros países.

Também morreram no ataque os médicos Marcos de Andrade Corsato, 62, e Perseu Ribeiro Almeida, 33. Único sobrevivente, Daniel Sonnewend Proença, 32, está internado.

A suspeita é que eles tenham sido mortos porque criminosos confundiram um dos médicos com Taillon de Alcantara Pereira Barbosa, 26, acusado pelo Ministério Público de integrar a milícia de Rio das Pedras. Milicianos são criminosos que exploram o comércio local e cobram taxas de segurança ilegais, sob coação.

Na quinta-feira, o governador do Rio, Cláudio Castro (PL), disse que assumiu com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur LIra (PP-AL), o compromisso de dar uma resposta rápida sobre a autoria e a motivação dos assassinatos.

No mesmo dia, ele confirmou que a Polícia Civil considera que os três médicos foram mortos por engano.

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