Descrição de chapéu Obituário Ariano Wanderley da Nóbrega Cabral de Vasconcellos (1962 - 2023)

Mortes: Procurador do estado da Paraíba, foi apaixonado por futebol

Ariano Wanderley ajudou o Botafogo-PB em grandes vitórias e lutou pela volta da Copa do Nordeste

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Juazeiro (BA)

Durante sua vida, Ariano Wanderley acumulou a rotina burocrática de procurador com a carreira de dirigente de futebol. Apaixonado pelo esporte, o jurista teve cargos no Botafogo da Paraíba e na Federação Paraibana de Futebol (FPF).

Nascido em João Pessoa, Ariano foi criado entre a capital e a zona rural de São José de Espinharas (PB). Mais velho de quatro irmãos, era quem ajudava o avô na fazenda. E nas praças da cidade, batia bola com os amigos, na função de goleiro.

Sua infância então se dividiu entre dois campos, o rural e o dos jogos. As paixões do menino seguiram por toda a vida.

Já casado, levava o filho Rodrigo ao estádio para acompanhar o Botafogo-PB, seu time do coração. E as visitas à fazenda ficaram mais recorrentes quando herdou a propriedade e virou seu administrador. "Ele sempre falava de futebol e de fazenda", diz o filho Rodrigo Wanderley, 29.

Ariano Wanderley da Nóbrega Cabral de Vasconcellos (1962 - 2023)
Ariano Wanderley da Nóbrega Cabral de Vasconcellos (1962 - 2023) - Arquivo pessoal

Chegou a ser presidente do time em 2002 e foi seu diretor de futebol em 2003, quando o Botafogo-PB ganhou o Campeonato Paraibano. Depois que saiu da gestão, o "belo" passou dez anos sem título, até seu retorno à diretoria, em 2013. Naquele ano, foram novamente campeões do paraibano e venceram a Série D do Brasileiro, tornando-se o primeiro clube do estado com um título nacional homologado pela CBF.

Sua atuação no futebol foi além do Botafogo-PB. Junto com o advogado potiguar Eduardo Rocha, lutou por quase dez anos pelo retorno da Liga do Nordeste, da qual foi vice-presidente. Assim, a Copa do Nordeste voltou a ser realizada, em 2010. Em 2014, assumiu a Federação Paraibana de Futebol (FPF), como interventor numa junta administrativa, após o afastamento da presidente pela Justiça.

Quase diariamente, aos fins de tarde, Ariano ia para a cafeteria. O assunto era sempre o mesmo, política. Prefeito de São José de Espinharas, entre 1993 e 1997, ensinava ao filho que no esporte e na política se tem adversários, mas nunca inimigos. "O tempo cura tudo", dizia.

Mesmo fora da gestão, ajudava os moradores da cidade. Chegava a pagar contas e disponibilizar equipamentos para trabalhadores rurais, sem divulgar. Na pandemia, emprestou um prédio da família para receber uma unidade de saúde. O local segue em uso público e será a Unidade de Saúde Ariano Wanderley.

Ariano sofria de problemas no coração, obesidade, diabetes e, recentemente, foi diagnosticado com insuficiência renal. Morreu no dia 18 de outubro, vítima de uma infecção generalizada. Deixa a esposa, Maria Silvia, 59, e o filho, Rodrigo.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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