Descrição de chapéu Obituário Eliane Fernandes do Rosário (1968 - 2023)

Mortes: Professora e diretora, fez dos alunos seus filhos

Eliane Fernandes do Rosário dedicou sua vida à educação e ao acolhimento

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Curitiba

Gerações de estudantes receberam os ensinamentos de Eliane Fernandes do Rosário, que por mais de três décadas lecionou e dirigiu o Colégio Estadual do Campo Tagaçaba Porto da Linha, em Guaraqueçaba (PR).

A educação foi sua paixão desde jovem, quando se formou em matemática. Nascida na área rural da região de Assungui, e de família simples, começou a trabalhar aos 14 anos como doméstica. Preocupada com a família, usou seu primeiro salário para colocar luz elétrica na casa dos pais.

Como professora, ingressou no colégio de Tagaçaba há quase 35 anos e ali se tornou diretora por quatro mandatos, conselheira e mãe para muitos alunos, como conta a amiga Letícia Cordeiro.

Eliane Fernandes do Rosário (1968 - 2023)
Eliane Fernandes do Rosário (1968 - 2023) - Flávia do Rosário Siqueira

Ela recorda que Eliane, além de filha exemplar, ajudou famílias inteiras com suas ações e palavras de afeto. "Ela era uma líder, cautelosa e muito inteligente. Eliane brilhou imensamente."

O sorriso no rosto da diretora era constante. "Estava sempre à disposição quando precisávamos de um ombro amigo, de uma conversa, de um conselho. Sempre com suas palavras carinhosas e um abraço de mãe", diz a amiga Suzana Congrossi. "Ela não tinha filhos, mas cada um de nós ali se tornou um filho para ela."

Além dos alunos, os sobrinhos também foram acolhidos. "Ela nos tratou como se fôssemos seus filhos. Muito amorosa, carinhosa e atenciosa. Guerreira, uma mulher incrível, um exemplo a ser seguido", destaca a sobrinha Laura Santos.

A professora educou várias gerações, como a família de Elis Regina Barcelos. "Eu e meu filho estudamos com ela, mulher maravilhosa, muito carinhosa com todos. Tinha uma calma, um cuidado... Estava pronta para tirar nossas dúvidas, sempre brincalhona, era alguém com quem podíamos contar", lembra a ex-aluna.

"Eu a via fazendo crochê e fiquei apaixonada; me interessei em aprender, e ela, com toda sua paciência, me ensinou, mesmo eu sendo canhota. Hoje eu faço minha arte graças a ela", recorda Elis.

A sobrinha Fernanda Siqueira enfatiza a dedicação da tia em tudo o que fazia. "Mulher forte e de opinião própria, ajudava a todos, sem exceções, sempre fazendo o bem e procurando acolher a todos. Cuidou e zelou do colégio como se fosse sua segunda casa."

Evangélica, Eliane também participava de grupos missionários e levava ajuda e esperança a crianças carentes. "O maior exemplo que ela nos deixou foi sua fé", ressalta Laura.

A professora morreu em 15 de novembro, de câncer. Deixa os pais, quatro irmãos, 29 sobrinhos e centenas de alunos que adotou como filhos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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