Descrição de chapéu Obituário Denis Allan Daniel (1934 - 2023)

Mortes: Dedicou mais de 50 anos de sua vida à advocacia

Denis Allan Daniel também se aventurou na literatura com duas obras

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São Paulo

Nascido no Rio de Janeiro em 1934, Denis Allan Daniel dedicou mais de 50 anos de sua vida ao direito. Graduou-se na UFF (Universidade Federal Fluminense) em 1959, mesmo ano em que foi admitido na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e que o pai, Percy Daniel, abriu o escritório de advocacia Daniel & Cia, tendo dois irmãos e Denis como sócios.

A partir de então, Denis Allan se especializou na área da propriedade intelectual, trabalhando com direitos autorais, marcas, transferência de tecnologia e licenciamento. Sua dedicação e experiência o levaram a assumir posição de destaque na área, tanto nacional quanto internacionalmente. Em 1977, ele se tornou sócio majoritário do escritório.

Assim, participou ativamente de diversas organizações, contribuindo para o IAB (Instituto dos Advogados do Brasil), a Inta (Associação Internacional de Marcas Registradas), a AIPPI (Associação Internacional para a Proteção da Propriedade Intelectual), entre outras. Ele também foi presidente do Comitê Legal da Câmara Britânica do Rio de Janeiro por sete anos, sendo homenageado com o título de Conselheiro Honorário da associação.

Denis Allan Daniel (1934 - 2023)
Denis Allan Daniel (1934 - 2023) - Divulgação

Em sua carreira, teve mais de 50 artigos publicados sobre sua área de atuação. Nos últimos anos, já não totalmente dedicado à advocacia, aproveitou a paixão que tinha pelas artes para escrever dois livros: "Sobrevivendo ao meu Pai", de 2013, e "Bidú: Paixão e Determinação", de 2019, uma biografia dedicada à maior cantora lírica brasileira, Bidu Sayão (1902 - 1999).

Homem de muitos talentos, Daniel também gostava de jogar tênis. E antes mesmo de se formar na faculdade, em 1953, quando estava em Londres, ele teve a oportunidade de escrever sobre o Torneio de Wimbledon e ter seus textos publicados no Jornal dos Sports. Sem a tecnologia atual, ele enviava os textos via carta ao diário carioca.

"Meu pai foi a personificação da determinação e paixão em tudo o que fazia. Para ele, a advocacia não era apenas uma profissão, mas uma vocação que ele abraçou com fervor e excelência ao longo de mais de cinco décadas", diz a filha Alicia Daniel-Shores, que seguiu a carreira da família, assim como a irmã Nellie.

A filha afirma que Daniel foi seu mentor e inspiração tanto na advocacia quanto na vida pessoal, com exemplos de ética, dedicação, compaixão, justiça e resiliência.

"Ele foi um mestre no equilíbrio, demonstrando como se apaixonar tanto pelo direito quanto por tênis e as artes em geral. Sua capacidade de integrar diferentes aspectos da vida, encontrar alegria nas quadras de tênis, expressar-se nas letras e abraçar a cultura e as artes enriqueceu não apenas sua vida, mas também a de todos ao seu redor", completa a filha.

Daniel morreu no dia 21 de novembro, aos 89 anos. Ele deixa a mulher, Vladia, as duas filhas , cinco netos e um bisneto.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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