Descrição de chapéu Rio de Janeiro

Castro nomeia ex-comandante do Bope como subsecretário de Segurança do Rio

Maurilio Nunes apareceu fazendo flexões com ex-governador Witzel e foi contemporâneo de Adriano da Nóbrega no batalhão

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Rio de Janeiro

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), nomeou o ex-comandante do Bope (Batalhão de Operações Especiais) Maurilio Nunes como subsecretário adjunto da Secretaria de Segurança Pública. Ele será o braço direito do chefe da Pasta, Victor Santos.

A nomeação de Nunes foi publicada nesta quarta-feira (3) no Diário Oficial do Rio de Janeiro. O ex-comandante estava, até então, lotado na Secretaria da Polícia Militar, que continuou existindo mesmo com a recriação da nova pasta.

Maurilio Nunes é um homem negro. Ele veste um uniforme do Bope em frente ao símbolo do batalhão de operações especiais: uma caveira com duas pistolas cruzadas atrás
Maurilio Nunes, novo subsecretário adjunto de Segurança Pública do Rio de Janeiro - Reprodução @maurilio_nunes113 no Instagram

A Secretaria de Segurança Pública havia sido extinta em janeiro de 2019, quando o então governador Wilson Witzel tomou posse. A pasta foi recriada em novembro passado, diante da escalada de violência vivida no Rio.

Na época em que a secretaria foi extinta, Nunes foi indicado por Witzel para comandar o Bope. Ele ficou no cargo até setembro de 2021, sendo substituído pelo atual comandante do batalhão especial, Uirá do Nascimento Ferreira.

Na Polícia Militar, o último cargo ocupado por Nunes foi como chefe do Estado Maior do COE (Comando de Operações Especiais). O policial está na corporação há 26 anos. A maior parte do tempo serviu no Bope; ele ficou na unidade por mais de 16 anos.

Em 2000, durante o curso de operações especiais, preparativo para entrar no Bope, Nunes foi contemporâneo do ex-capitão do batalhão Adriano da Nóbrega, morto em 2020 e apontado como matador de aluguel e chefe do Escritório do Crime. Os dois se formaram juntos e atuaram na mesma na unidade.

Como comandante do Bope, um dos seus primeiros atos no cargo foi fazer flexões com Witzel no dia de sua nomeação. A cena do então governador —usando uma camisa do batalhão de operações especiais e fazendo exercício com seus subordinados— viralizou na época e foi alvo de críticas.

Outro momento de destaque para Nunes como chefe da unidade foi o sequestro do ônibus Ponte Rio-Niterói, em agosto de 2019. Na ocasião, o sequestrador foi morto por ao menos seis tiros de atiradores de elite. Witzel foi flagrado comemorando a morte do criminoso quando desceu de helicóptero na via.

Hoje, além de policial, Nunes também se descreve como palestrante, consultor e escritor. Ativo nas redes sociais, ele tem mais de 51 mil seguidores no Instagram. Em seu perfil, com tons de coach, ele compartilha vídeos com frases motivacionais e vende sua palestra "liderança máxima".

"Você tem coragem? Coragem não é ausência de medo, e sim uma força que te impulsiona a avançar mesmo em condições adversas e desconfortáveis", escreveu em uma das publicações.

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