Descrição de chapéu chuva Rio de Janeiro

Dois dias após temporal, Duque de Caxias (RJ) ainda tem bairros alagados

Governo federal reconheceu situação de emergência no município nesta terça (16); ao todo, sete cidades estão aptas a solicitar recursos após as chuvas

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Rio de Janeiro

Um dos municípios mais afetados pela chuva que atingiu o Rio de Janeiro no fim de semana, Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, ainda tem bairros alagados nesta terça-feira (16). Com nível da enchente chegando a metade do corpo, moradores ilhados dependem de voluntários que levam água potável e quentinhas utilizando botes e barcos.

De acordo com com a Defesa Civil do município, três localidades ainda sofrem com os alagamentos: Pilar, Amapá e Vila Urussaí.

Moradores usam barco para circular pelo bairro Amapá, em Duque de Caxias (RJ), nesta segunda-feira (15) - Eduardo Anizelli - 15.jan.2024/Folhapress

Mais de 2.200 pessoas foram cadastradas para receber apoios como entregas de quentinhas, água mineral, roupas, fraldas, material de limpeza e higiene.

Ainda segundo a Defesa Civil, somente neste terça, foram registradas 32 ocorrências relacionadas com queda de barreiras, árvores e deslizamentos na cidade.

Nesta terça, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional reconheceu a situação de emergência em Duque de Caxias, além de Nilópolis e Mesquita. O governo federal já havia reconhecido nesta segunda (15) os pedidos dos municípios de Belford Roxo, Nova Iguaçu, São João de Meriti e Rio de Janeiro.

O reconhecimento permite que as prefeituras solicitem recursos para assistência humanitária, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de infraestruturas e moradias destruídas ou danificadas pelo desastre.

Ao menos 12 pessoas morreram em decorrência das chuvas que também deixaram um rastro de destruição e famílias fora de suas casas.

Em reunião com governador Cláudio Castro (PL) na manhã desta terça, o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, afirmou que será liberado para o estado "o que for necessário" para a reconstrução após o temporal. Ele não falou sobre valores, no entanto.

No encontro que reuniu ministros e prefeitos, as autoridades definiram que as ações contra os efeitos da chuva no estado serão concentradas em um comitê que terá dois escritórios: um no Palácio Guanabara e outro na Baixada Fluminense.

Uma equipe técnica do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional vai ficar no Rio para ajudar a construir planos de emergência ou em pedidos de decretação de estado de emergência.

"Qualquer dificuldade que algum município tenha, a assessoria técnica vai estar presente para evitar que um processo entre no sistema nacional com alguma falha ou inconsistência, legal ou técnica. Com isso, ganhamos tempo e costumamos aprovar um plano de trabalho no mesmo dia, principalmente planos de ajuda humanitária", afirmou o ministro Waldez Góes.

Ainda segundo Góes, as intervenções no rio Acari e no rio Botas, dois dos mais afetados pelas chuvas no Rio, estão na lista do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

O governo do estado afirmou que vai dar um auxílio de R$ 3.000 para as famílias atingidas pelas chuvas. O subsídio será pago através do Cartão Recomeçar, destinado a famílias de baixa renda. A estimativa é que 30 mil famílias recebam o auxílio.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.