Governador Claudio Castro interrompe férias e volta ao Rio após chuva causar tragédia

Assessoria não informou onde ele estava, mas disse que político chega à capital fluminense nesta segunda (15)

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Brasília

O governador Cláudio Castro (PL) decidiu interromper suas férias e voltar na noite deste domingo (14) ao Rio de Janeiro. Os municípios da região metropolitana enfrentam fortes chuvas, que já deixaram ao menos 11 mortos.

A informação do retorno foi divulgada pela assessoria de Castro. "O governador chega ao Rio de Janeiro na manhã desta segunda-feira (15/1) e se reunirá, às 10h, no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), com representantes dos órgãos envolvidos na força-tarefa", diz o governo fluminense.

A Folha questionou a assessoria sobre o destino das férias do governador, mas não houve resposta.

O governador Cláudio Castro (Rio de Janeiro) conversa com jornalistas. - Joédson Alves - 31.10.2023/Agência Brasil

Castro afirmou no sábado que estava coordenando secretarias e que estava em contato com prefeituras para "lidar com as intensas chuvas". O governador em exercício é seu vice, Thiago Pampolha.

Neste domingo, Castro postou nas redes sociais uma mensagem expressando sua solidariedade "às famílias e amigos sete cidadãos que perderam suas vidas". Ele completou dizendo que "o momento exige união" e que segue "trabalhando para prestar toda assistência e evitar mais perdas".

Por volta das 19h30, após a confirmação da 11ª morte pelo Corpo de Bombeiros, a assessoria do governo confirmou o retorno de Castro ao Rio.

Esta não é a primeira vez que o governador fluminense tem de mudar seus planos de fim de ano. Em dezembro, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) autorizou a sua quebra de sigilos bancários, fiscais e telemáticos. O caso levou Castro a cancelar uma viagem marcada que faria à China, agendada para o dia 3 de janeiro. A ideia era ir para os Estados Unidos depois, com a família.

Os bombeiros atenderam a cerca de 230 ocorrências relacionadas a chuvas no estado no final de semana. Também houve registros de impactos nos sistemas de transporte público e abastecimento de energia elétrica.

A lista de 11 vítimas confirmadas pelos bombeiros tinha oito homens e três mulheres. Do total de mortes, três foram registradas em bairros da zona norte da capital fluminense (Ricardo de Albuquerque, Acari e Costa Barros).

As outras oito ocorreram em municípios da Baixada Fluminense, na região metropolitana: três em Nova Iguaçu, duas em São João de Meriti, duas em Duque de Caxias e uma em Belford Roxo.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), decretou situação de emergência no município. A decisão foi publicada em edição extra do Diário Oficial na tarde deste domingo.

Em um vídeo publicado nas redes sociais, Paes pediu para que a população, especialmente em bairros da zona norte, evitasse sair de casa.

"Não força a mão, não força ficar passando em área alagada. Você coloca em risco a sua vida, atrapalha os agentes públicos. A previsão é de menos chuva ou chuva mais fraca hoje", afirmou Paes.

Ele também disse que o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla, em Acari, ficou sem energia elétrica. A água inundou o subsolo da unidade de saúde.

Um alagamento chegou a interditar o trânsito durante a manhã em um trecho da avenida Brasil, uma das principais vias da cidade. O fluxo de veículos foi totalmente liberado no final da manhã, de acordo com o COR (Centro de Operações Rio). A chuva ainda fechou estações de trem e metrô na capital.

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