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Chuva provoca alagamentos em SP pelo quinto dia e cancela voos

Passageiros também enfrentaram problemas na linha 7-rubi da CPTM nesta sexta-feira (12)

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São Paulo

A cidade de São Paulo entrou pelo quinto dia consecutivo em estado de atenção para alagamentos nesta sexta-feira (12). O alerta foi dado pelo CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências) da prefeitura às 15h12 para todas as regiões da capital, e terminou às 21h25. Houve registros de alagamento na capital e em trechos da linha 7-rubi da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), causando transtorno na volta para casa.

Segundo o órgão municipal, a chuva foi resultado de instabilidade vinda do interior pela ação de uma frente fria. Foram registrados pontos com intensidade forte em diferentes zonas da cidade, como Vila Mariana e Cidade Ademar (sul), Lapa (oeste), Jaçanã e Casa Verde (norte).

A precipitação se desloca de oeste para leste, e o CGE alerta para risco de alagamentos. A prefeitura recomenda que as pessoas evitem transitar por ruas alagada e que busquem abrigo em casas e prédios, mantendo distância de árvores e das redes aéreas de fiação elétrica.

foto mostra prédios e, ao fundo, acima deles, nuvens carregadas de chuva
Vista do bairro Santa Cecília, no centro de São Paulo, antes da chuva do início da tarde desta sexta (12) - Felipe Bächtold - 12.jan.2024/Folhapress

Novas pancadas caíram na capital no fim da tarde. Até as 18h desta sexta, segundo o Corpo de Bombeiros, foram registrados 27 chamados para queda de árvores na capital e na Grande São Paulo.

Segundo o CGE, foram registrados 19 pontos de alagamentos na cidade —até às 22h20, quatro deles estavam ativos, todos no centro.

Um deles era na avenida Rio Branco, no centro, segundo o CGE, na altura da avenida Duque de Caxias —esse intransitável. Havia outro na mesma via, no cruzamento com a rua General Osório, mas pelo qual a prefeitura indicava que era possível passar. Era o caso também de um ponto na rua Carnot, na altura da Itaqui. No Bom Retiro, o alagamento na rua Porto Seguro, esquina com a rua Dom Rodo, era intransitável.

Já na zona sul, o problema aconteceu na avenida Guarapiranga, na altura do número 752, e na avenida Santo Amaro, na região da avenida Roque Petroni Junior.

Na zona leste, às 19h50 não era possível passar pelos dois lados da avenida Dr. Eduardo Coching, em Aricanduva, e na Vila Prudente, pela avenida Professor Luiz Inácio Anhaia Melo, sentido Sapopemba, na altura da rua Francisco Fett.

Em Santo Amaro, na zona sul, a avenida Nações Unidas ficou intransitável no sentido rodovia Castelo Branco, na região da rua professor Campos de Oliveira.

A volta para casa também ficou mais complicada na linha 7-rubi da CPTM, com alagamentos em uma das vias no trecho entre as estações Campo Limpo Paulista e Várzea Paulista. Os trens circulam por via única de Botujuru a Jundiaí, com maior intervalo. A operação voltou ao normal às 19h05.

Por causa da chuva, 11 voos foram cancelados no aeroporto de Congonhas, também na zona sul, e outros oito tiveram de ser desviados.

No Aeroporto Internacional de Guarulhos, na região metropolitana, um voo teve de ser desviado por falta de condições de pouso.

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Na terça-feira (9), um idoso de 62 anos morreu eletrocutado na Vila Clementino, zona sul, ao ser atingido por um cabo de energia que caiu durante o temporal.

Na quarta (10), a chuva provocou caos na cidade. Por volta das 22h30, eram 19 pontos de alagamentos, sendo 17 deles intransitáveis.

Em um deles, na marginal Tietê, motoristas tiveram de manobrar ou voltar em marcha à ré para subir na contramão a alça de acesso da ponte das Bandeiras, sentido centro. Na altura do túnel do vale do Anhangabaú, que estava fechado por causa do alagamento, era preciso fazer outro desvio e entrar na região do largo São Bento, também cheio de água e lixo nas ruas.

A previsão era de chuva forte ao menos até esta sexta-feira (12), mas o tempo instável deve atravessar o fim de semana.

Segundo o CGE, a intensidade da chuva aumenta por causa da ação de um cavado perto de São Paulo. O fenômeno é caracterizado por uma área de baixa pressão atmosférica alongada, que direciona umidade para a atmosfera.

Os cavados são como uma linha alongada, e ficam perto de centros de baixa pressão atmosférica, que ampliam o volume de umidade e, consequentemente, de chuva. Na madrugada de quinta para sexta-feira, um centro deve se formar e causar as chuvas mais fortes da semana, de acordo com o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).

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