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Líder do governo libera bancada, e petistas deixam de votar sobre saidinha

Proposta, aprovada no Senado nesta terça (20), voltará para Câmara dos Deputados

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Brasília

O governo e o PT liberaram os senadores da base aliada durante a votação do projeto que aprovou nesta terça-feira (20) o fim das saídas temporárias de presos em datas comemorativas, as chamadas saidinhas.

A proposta, relatada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), foi aprovada por 62 votos a favor, 2 contrários e 1 abstenção. O texto agora voltará para a Câmara dos Deputados, onde foi aprovado em 2022 por 311 votos a favor e 98 contra.

Senadores durante votação do projeto que acaba com saidinhas de presos - Pedro Ladeira/Folhapress

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), argumentou que não fazia sentido contrariar a orientação de todos os partidos da base aliada. Durante a sessão, nenhum senador discursou contra o projeto de lei —o líder do PT, Fabiano Contarato (ES), se manifestou a favor.

"Ficou claro nesse debate, até quando olha para o painel, o grande número de partidos que são da base do governo e orientaram voto 'sim'. Não adianta aqui eu confrontar com lideranças partidárias. Mas não vou orientar voto sim porque eu entendi todas as razões, matéria apaixonante, fui governador oito anos, sei o que está acontecendo na segurança porque fui governador e sei desse drama", disse Wagner.

Dos 81 senadores, apenas Rogério Carvalho (PT-SE) e Cid Gomes (PSB-CE) votaram contra o projeto de lei. Wagner foi o único que se absteve durante a sessão.

Flávio Dino (PSB-MA), ex-ministro da Justiça e futuro ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), não participou da votação. Horas antes da votação, Dino fez seu último discurso na tribuna do Senado. A posse dele no STF está marcada para a próxima quinta-feira (22).

Os senadores petistas Humberto Costa (PT-PE), Teresa Leitão (PT-PE) e Paulo Paim (PT-RS) também não votaram, assim como o emedebista Marcelo Castro (MDB-PI) e o bolsonarista Wellington Fagundes (PL-MT).

O governo Lula (PT) ainda patina com a segurança pública, com ações desarticuladas e promessas não cumpridas durante a gestão de Dino.

Já o atual ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, teve a primeira crise no comando da pasta com apenas 13 dias no cargo após a fuga inédita de dois detentos na penitenciária federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte.

Ao longo de 2023, o governo se equilibrou em uma corda bamba na segurança que incluiu a defesa dos direitos humanos, acenos aos policiais militares e declarações sobre o enfrentamento ao crime organizado apontadas como desastradas e de viés bolsonarista.

A atuação na área foi alvo de conservadores, que reclamaram de leniência do governo, e também de progressistas, que viram prioridade na lógica de guerra às drogas.

Veja como votou cada senador


Não

Cid Gomes (PSB-CE)
Rogério Carvalho (PT-SE)

Sim

Alan Rick (União-AC)
Ângelo Coronel (PSD-BA)
Astronauta Marcos Pontes (PL-SP)
Augusta Brito (PT-CE)
Beto Faro (PT-PA)
Carlos Portinho (PL-RJ)
Carlos Viana (Podemos-MG)
Chico Rodrigues (PSB-RR)
Ciro Nogueira (PP-PI)
Cleitinho (Republicanos-MG)
Confúcio Moura (MDB-RO)
Davi Alcolumbre (União-AP)
Dr. Hiran (PP-RR)
Eduardo Braga (MDB-AM)
Eduardo Girão (Novo-CE)
Eduardo Gomes (PL-TO)
Efraim Filho (União-PB)
Eliziane Gama (PSD-MA)
Esperidião Amin (PP-SC)
Fabiano Contarato (PT-ES)
Fernando Dueire (MDB-PE)
Fernando Farias (MDB-AL)
Flávio Arns (PSB-PR)
Flávio Bolsonaro (PL-RJ)
Giordano (MDB-SP)
Hamilton Mourão (Republicanos-RS)
Ivete da Silveira (MDB-SC)
Izalci Lucas (PSDB-DF)
Jader Barbalho (MDB-PA)
Jaime Bagattoli (PL-RO)
Jayme Campos (União-MT)
Jorge Kajuru (PSB-GO)
Jussara Lima (PSD-PI)
Laércio Oliveira (PP-SE)
Leila Barros (PSB-GO)
Lucas Barreto (PSD-AP)
Luis Carlos Heinze (PP-RS)
Magno Malta (PL-ES)
Marcio Bittar (União-AC)
Marcos Rogério (PL-RO)
Marcos do Val (Podemos-ES)
Margareth Buzetti (PSD-MT)
Mecias de Jesus (Republicanos-RR)
Nelsinho Trad (PSD-MS)
Omar Aziz (PSD-AM)
Oriovisto Guimarães (Podemos-PR)
Otto Alencar (PSD-BA)
Plínio Valério (PSDB-AM)
Professora Dorinha Seabra (União Brasil-TO)
Randolfe Rodrigues (sem partido-AP)
Renan Calheiros (MDB-AL)
Rodrigo Cunha (Podemos-AL)
Rogério Marinho (PL-RN)
Sérgio Moro (União Brasil-PR)
Soraya Thronicke (Podemos-MS)
Styvenson Valentim (Podemos-RN)
Sérgio Petecão (PSD-AC)
Vanderlan Cardoso (PSD-GO)
Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB)
Wilder Morais (PL-GO)
Zenaide Maia (PSD-RN)
Zequinha Marinho (Podemos-PA)

Ausentes na votação

Alessandro Vieira (MDB-SE)
Damares Alves (Republicanos-DF)
Daniella Ribeiro (PSD-PB)
Flávio Dino (PSB-MA)
Humberto Costa (PT-PE)
Irajá Filho (PSD-TO)
Mara Gabrilli (PSD-SP)
Marcelo Castro (MDB-PI)
Paulo Paim (PT-RS)
Rodrigo Pacheco (PSD-MG)
Romário Souza (PL-RJ)
Teresa Leitão (PT-PE)
Tereza Cristina (PP-MS)
Wellington Fagundes (PL-MT)
Weverton (PDT-MA) —presidente da sessão
Jorge Seif (PL-SC) —estava em missão oficial

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