Descrição de chapéu violência

Polícia prende irmão de um dos fugitivos do presídio de Mossoró

Autoridades afirmam que havia um mandado de prisão em aberto contra o homem, condenado por roubo e organização criminosa

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Mossoró (RN)

A Ficco (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado) no Acre prendeu na manhã desta sexta-feira (23) o irmão de um dos fugitivos do presídio de segurança máxima situado em Mossoró (RN).

De acordo com as autoridades, o homem tem condenação por roubo e participação em organização criminosa e estava com mandado de prisão em aberto. O nome do preso não foi divulgado.

Os policiais chegaram até ele em virtude das investigações acerca da fuga de dois homens da penitenciária federal em Mossoró (RN), afirma nota sobre a prisão divulgada pelo Ministério da Justiça.

Presídio federal de Mossoró
Presídio federal de segurança máxima em Mossoró (RN) - Raquel Lopes - 20.fev.2024/Folhapress

"Uma vez que há várias forças de segurança envolvidas nas buscas, com trocas de informações, foi possível localizar o preso nesta manhã, que é irmão de um dos foragidos", diz a nota.

A Ficco no Acre é composta por integrantes da Polícia Federal e da Polícia Rodoviária Federal, além das polícias Civil e Militar daquele estado.

As buscas no Rio Grande do Norte pelos dois fugitivos chegaram ao 10º dia nesta sexta. Na madrugada, um comboio de 15 viaturas com agentes da Força Nacional chegou à região da penitenciária federal para reforçar as buscas.


Vídeo: Comboio da Força Nacional chega à região de Mossoró (RN)


Inicialmente, segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o grupo composto por 111 policiais militares e bombeiros auxiliam a Polícia Federal com bloqueios de rodovias. A atuação é prevista para os próximos 30 dias.

Com isso, o contingente de forças federais e estaduais de segurança mobilizado para tentar capturar os foragidos subiu para 600 pessoas. A área de ação envolve áreas de cavernas e matas, presença de animais peçonhentos e chuvas frequentes, o que tem desafiado as equipes. A região de Mossoró conta com mais de 300 cavernas e grutas mapeadas, que podem acomodar apenas uma pessoa e até serem aptas a ampla exploração.

Até o momento, três pessoas foram presas sob suspeita de ajudar na fuga de dois detentos. Dois dos detidos na operação foram presos em flagrante com armas e drogas, enquanto um homem estava com mandado de prisão e foi preso pela Polícia Federal em Quixabeirinha, em Mossoró. Um carro também foi apreendido pela polícia.

A investigação já trabalhava com a hipótese de que a dupla tivesse recebido ajuda fora do presídio. Isso, inclusive, teria motivado o cerco realizado na quarta-feira na cidade de Baraúna, também no Rio Grande do Norte, onde cartazes com o rosto dos fugitivos foram espalhados.

Rogério da Silva Mendonça, 36, conhecido como Martelo, e Deibson Cabral Nascimento, 34, o Deisinho ou Tatu, são suspeitos de ligação com a facção Comando Vermelho.

Eles fugiram do sistema prisional na madrugada do último dia 14, Quarta-Feira de Cinzas, e teriam furtado roupas e alimentos no período da noite na comunidade Rancho da Caça. Dois dias depois, fizeram uma família refém, tendo levado dois celulares e carregadores.

Para fugir da penitenciária, eles usaram uma barra de ferro, retirada da estrutura da própria cela, para escavar o buraco da luminária pelo qual conseguiram escapar, afirmam integrantes da cúpula das investigações.

A luminária por onde os presos fugiram não estava protegida por concreto —apenas por alvenaria. Além disso, câmeras de vigilância não estavam funcionando, assim como algumas lâmpadas.

Investigações apontam que a penitenciária não estava fazendo revistas diárias nas celas ou nos detentos, o que seria um erro de procedimento. Mesmo as celas desocupadas deveriam receber inspeções regulares.

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