Saiba quem era o advogado morto a tiros no centro do Rio

Especialista em contratos, Rodrigo Marinho, 42, tem processos envolvendo 'faraó dos bitcoins', dono de empresa de ônibus e pivô de impeachment de Witzel

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Rio de Janeiro

O advogado Rodrigo Marinho Crespo, morto nesta segunda-feira (26) a tiros no centro do Rio de Janeiro, tem cerca de 80 processos ativos no Tribunal de Justiça focados em disputas empresariais.

Ele é sócio-fundador do escritório Marinho & Lima Advogados, com experiência em Direito Civil Empresarial, com ênfase em contratos. Formou-se em 2005 na PUC-Rio e fez pós-graduação na FGV, concluída em 2008.

No TJ-RJ, há cerca de 80 processos com o nome de Rodrigo. A empresa Oi é a que mais aparece como cliente do escritório do advogado. Também já atuou em favor da Souza Cruz e causas cíveis do empresário José Carlos Lavouras, dono de empresas de ônibus e delator da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.

Ele também atuou em favor de um cliente de Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como "faraó dos bitcoins", preso sob acusação de comandar uma pirâmide financeira que movimentou R$ 38 bilhões e de matar concorrentes na Região dos Lagos.

Amigos afirmam, porém, que o advogado não havia relatado ter recebido qualquer ameaça ou exposto preocupação com algum processo em andamento. Ele tinha um relacionamento que havia sido rompido recentemente, sobre o qual também pouco falava, por ser considerado uma pessoa reservada.

Rodrigo Crespo, advogado foi assassinado a tiros em frente à sede da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), no centro do Rio, no final da tarde desta segunda-feira (26) - Rodrigo Crespo no LinkedIn

Rodrigo também atendeu na Justiça do Trabalho a Unir Saúde, organização social envolvida no escândalo que levou ao impeachment do ex-governador Wilson Witzel.

Ele era sócio de Antônio Vanderler de Lima Junior, filho do advogado Antônio Vanderler de Lima, próximo do ex-governador.

Rodrigo foi assassinado a tiros em frente à OAB-RJ. Ele estava na calçada da avenida Marechal Câmara quando foi morto. Em frente ao local também funciona o escritório da qual a vítima que era sócia e, na mesma via, os prédios da Defensoria Pública e do Ministério Público.

Testemunhas relataram que um carro branco parou ao lado do advogado e fez os disparos. A vítima teria ainda sido chamada pelo nome antes de ser alvejada.

A Polícia Civil informou que uma equipe da delegacia foi acionada e solicitou perícia para o local. A Delegacia de Homicídios da Capital investiga o caso.

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