Fotos mostram como aconteceu a fuga de dois detentos do presídio federal de Mossoró

Buscas pelos fugitivos completam 24 dias nesta sexta-feira (8)

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Brasília

Uma série de fotos obtida pela Folha mostra como aconteceu a fuga de dois detentos do presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. As buscas pelos fugitivos completam 24 dias nesta sexta-feira (8).

Segundo as investigações, Rogério da Silva Mendonça, 36, conhecido como Martelo, e Deibson Cabral Nascimento, 34, chamado de Tatu ou Deisinho, são ligados à facção Comando Vermelho.

Os fugitivos usaram barras de metal para retirar a luminária da parede da cela. Foi a partir daí que os dois chegaram ao local da manutenção do presídio, onde estão máquinas, tubulações e toda a fiação, conhecido como shaft.

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Buraco feito pelos fugitivos na cerca da penitenciária federal de Mossoró (RN) - Documento produzido pelo Ministério da Justiça/Reprodução

Através desse duto de manutenção, os fugitivos subiram uma escada e alcançaram o telhado da penitenciária, removeram a telha e desceram pela parte externa do prédio até chegar ao tapume referente a uma obra em andamento, que fica próximo à cerca.

As fotos mostram esse tapume e o alicate, ferramenta de corte utilizada para para romper a cerca do perímetro interno. Em seguida, também romperam a cerca do perímetro externo e fugiram.

Investigação da Polícia Federal aponta que as imagens da ação dos fugitivos para retirar a luminária também sugerem que tenha sido um trabalho demorado e sincronizado, supostamente perceptível mediante simples revista na cela.

Como a Folha mostrou, a suspeita é que não estavam sendo feitas revistas diárias nas celas ou nos detentos.

De acordo com a polícia, até o momento não existem registros ou informações que indiquem apoio imediatamente após a fuga. Entretanto, a investigação da Polícia Federal aponta que o Comando Vermelho está bancando uma rede de apoio destinada a ajudar os dois detentos que escaparam da penitenciária federal.

Essa rede auxilia os fugitivos a se manterem em áreas rurais com apoio de alimentação, bebidas, transporte e possivelmente armas de fogo. Ela teria começado após o contato dos detentos por meio de dois celulares, no dia 16 de fevereiro.

Apesar dessa rede de apoio, a polícia diz acreditar que nos últimos dias os detentos passaram a agir sozinhos. Desde o início das buscas, ao menos seis pessoas já foram presas.

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