Descrição de chapéu Obituário Elizeu Ferreira da Silva (1957 - 2024)

Mortes: Cinegrafista se destacou pela alegria e amor à profissão

Elizeu Ferreira da Silva, o Café, era admirado no meio político e jornalístico do Paraná

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Curitiba

Difícil uma pauta política em que ele não estivesse. Sempre com um sorriso no rosto e uma gentileza acolhedora, o cinegrafista Elizeu Ferreira da Silva, conhecido como Café, era admirado no meio político e jornalístico do Paraná.

Ele começou a trabalhar em 1978 como contrarregra da então TV Iguaçu. "Dezessete dias depois, fui trabalhar com câmera de estudo, como cameraman. Em 1979, fui pra TV Paranaense, hoje RPC. Até 1981 estive como cameraman e depois, no jornalismo, como repórter cinematográfico. Em 1989, fui pra Rede OM e em 1995 para a TV Tarobá, onde fiquei até 2003. Desde 2004, estou na Catve", contou Café durante homenagem que recebeu do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná, em 2023.

Ele dedicou sua vida à comunicação, publicou a entidade após o falecimento. "Seu percurso brilhante foi marcado por sua paixão pela câmera e pelo jornalismo."

Elizeu Ferreira da Silva, o Café (1957 - 2024)
Elizeu Ferreira da Silva, o Café (1957 - 2024) - Arquivo pessoal

Sua morte foi lamentada por vários políticos, incluindo o governador Ratinho Júnior (PSD). "Café era uma figura emblemática da comunicação do Paraná, muito respeitado e querido por todos", escreveu o político.

A Catve, emissora em que trabalhava atualmente, ressaltou seu legado na comunicação e no cenário político.

"Deixou um legado extraordinário. Um profissional top, daqueles que resolvem tudo. Era bom em todas as funções, desde motorista até editor. Ensinava os estagiários, os quais tratava como filhos. Todos o conheciam, não precisava nem de identificação", conta o amigo Alexandro Silva.

"Uma pessoa alegre e sempre de bom humor. Profissional que amava o que fazia e muito dedicado. Ontem, na Alep [Assembleia Legislativa do Paraná], antes de uma coletiva, um deputado falou em voz alta ‘Está faltando alguém aqui’", recorda o colega Dionei Santos.

Nascido na área rural da cidade de Nossa Senhora das Graças, Café chegou a Curitiba ainda jovem, em busca de emprego. Foi sempre dedicado e cuidadoso, além de bom pai, como conta a esposa Sirlei da Silva. "Elizeu gostava de dividir seu conhecimento e ajudar o próximo, sempre preocupado com o outro."

Nas entrevistas coletivas, o cinegrafista "arrumava a casa para todos terem o melhor ângulo. Nunca pensava só nele", diz Sirlei.

Nas horas vagas, adorava pescar e praticar música. Tocava acordeon, teclado, viola e violão, além de ser regente de coral e integrante de um quarteto musical na Igreja Adventista.

O sorriso no rosto era constante e só ficava triste quando ouvia notícias sobre fome e maus-tratos a crianças ou idosos. "Ele chorava quando via isso."

Café morreu em 7 de fevereiro, aos 66 anos, de neurosarcoidose (doença inflamatória sistêmica). Deixa esposa, três filhos e quatro netos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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