O Aeroporto Internacional de Florianópolis registrou, entre sábado (4) e esta sexta-feira (10), uma alta de 19% no fluxo de passageiros recebidos, em comparação à semana anterior.
A alta coincide com o desenrolar da tragédia provocada pelas chuvas no Rio Grande do Sul, que resultou no alagamento do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, e na suspensão de suas atividades.
Sem o Salgado Filho, passageiros afetados pelo cancelamento dos voos têm de recorrer a alternativas como pegar a estrada e embarcar na capital catarinense. A distância é de cerca de 460 quilômetros.
De acordo com a Zurich Airport Brasil, concessionária que administra o aeroporto de Florianópolis, o local recebeu 18 mil passageiros a mais do que entre os dias 27 de abril e 3 de maio, antes de os estragos no estado vizinho serem intensificados.
"A concessionária informa que está preparada para atender os voos extras planejados pelas companhias aéreas", diz a concessionária, em nota.
"Orientamos os passageiros que remarquem ou comprem suas passagens pelos canais digitais de atendimento das companhias e se dirijam até o aeroporto depois de ter a viagem confirmada", completa.
Como mostrou a Folha, a paralisação do aeroporto de Porto Alegre gerou uma série de impactos logísticos no Rio Grande do Sul. A lista de efeitos inclui dificuldades para circulação de pessoas e mercadorias, além de reflexos para o transporte de doações que chegam ao estado.
O terminal interrompeu pousos e decolagens na sexta-feira (3), em razão das tempestades que deixam um rastro de destruição em municípios gaúchos, incluindo a capital.
A concessionária Fraport Brasil, responsável pelo Salgado Filho, indicou que ainda não há uma data prevista para a reabertura, mas companhias aéreas como Latam e Gol já anunciaram a suspensão de voos até 30 de maio no Salgado Filho. A área do terminal está inundada.
O deslocamento rodoviário entre Porto Alegre e a capital catarinense envolve as BRs 290, no trecho conhecido como freeway, e 101. A viagem passa pelo litoral gaúcho, para onde parte da população do estado está migrando com o objetivo de se distanciar das enchentes.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH
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