Descrição de chapéu previsão do tempo

Sem chuva há mais de 20 dias, São Paulo terá outro fim de semana de calor

Inmet emite novo alerta de grande perigo para altas temperaturas; situação deve mudar apenas na próxima terça-feira (14)

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São Paulo

O Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) emitiu nesta quinta-feira (9) novo alerta de onda de calor para São Paulo —apenas parte do litoral e o extremo sul do estado não estão na cor vermelha, indicativo de grande perigo.

O alerta é válido também para quase todo o Rio de Janeiro, sul de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e para o norte do Paraná.

O forte calor deve continuar até a próxima terça-feira (14), conforme meteorologistas.

Mulher aproveita dia de sol na praça Charles Miller, zona oeste de São Paulo; previsão de calor para este fim de emana - Zanone Fraissat - 16.mar.24/Folhapress

O estado, assim como outras regiões do país, enfrenta desde o mês passado uma onda de calor, quando as temperaturas ficam 5°C acima da média por ao menos cinco dias seguidos.

As altas temperaturas são provocadas por um forte bloqueio atmosférico que vem mantendo, desde 22 de abril, sol, ar seco e temperaturas muito acima do normal para esta época do ano.

Com 32,8ºC, a capital paulista registrou no último domingo (5) o dia mais quente para maio, ao menos desde 1943, quando começaram as medições meteorológicas regulares do Inmet no mirante de Santana, na zona norte. A média máxima para o mês é de 23,4°C.

Conforme o instituto, de sexta (10) a domingo (12) a máxima no município de São Paulo deve variar entre 29ºC e 31ºC. Todo o estado poderá ter calor no fim de semana.

A baixa umidade relativa do ar também deverá continuar nos próximos dias. Dados do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergência), da prefeitura paulistana, mostram que nesta quinta-feira o índice mais baixo, de 31,7%, foi registrado na região da Sé, centro de São Paulo. Na média da cidade, ele ficou em 40%.

Na estação automática do Inmet, em Santana, a baixa umidade foi ainda pior, de apenas 27%.

A OMS (Organização Mundial de Saúde) estabelece que indicadores inferiores a 60% não são adequados para a saúde humana. Além do ressecamento das vias aéreas, a poluição acaba piorando as doenças respiratórias.

Por isso, a indicação é de as pessoas abusarem da hidratação e evitarem ficar expostos diretamente ao sol entre 11h e 16h. Depois desse horário, há a chegada da brisa marítima, que causa um ligeiro aumento de nebulosidade e diminui um pouco a temperatura, mas sem condição para chuva.

Em virtude da passagem de uma frente fria pelo oceano, esta sexta deve começar nublada na região metropolitana de São Paulo, mas a tendência é de sol ao longo do dia.

É por causa dessa frente fria que o litoral ficou fora do alerta vermelho do Inmet e pode até chover fraco nas cidades litorâneas.

No resto do estado, entretanto, o clima continuará seco e sem chuva, como ocorre desde o dia 17 de abril, ou seja, há 23 dias, na capital paulista.

"A última chuva sobre São Paulo, que deu para 'molhar o chão', ocorreu entre 16 e 17 de abril, quando o Inmet registrou um acumulado de 9,4 mm. No dia 18, apenas chuviscou", afirma a Climatempo.

A passagem de uma nova frente fria, prevista para a próxima terça-feira, poderá amenizar a sensação de calor. "A média máxima na cidade deve ficar entre 21ºC e 22ºC", diz o técnico em meteorologia Adílson Nazário, do CGE.

A previsão de queda na temperatura na terça, explica o Inmet, ocorre por causa da entrada de uma massa de ar frio. "As temperaturas sofrerão quedas significativas", afirma o instituto.

A frente fria que passa pelo oceano até esta sexta, mesmo com fraca atuação no continente, poderá provocar ventilação que ajudará a garantir a qualidade do ar entre índices bons e moderados, segundo a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado).

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