Descrição de chapéu Governo Lula greve

Lula diz não ter medo de reitores após mais de dois meses de greve de professores

'Esse dedo que falta não foram eles que morderam', disse Lula durante evento no Maranhão, na sexta (21)

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Rio de Janeiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (21) em São Luís que não tem medo de reitor, em referência à greve de servidores da educação federal que já dura mais dois meses.

Em cerimônia para anunciar investimentos no Maranhão, o presidente comparou a relação de seu governo com os dirigentes universitários com a gestão do antecessor, o ex-presidente Jair Bolsonaro.

"Vocês estão lembrados de um presidente que nunca recebeu um reitor na vida dele? Nunca recebeu um reitor. Eu, em apenas um ano e sete meses, já convidei duas reuniões de todos os reitores do Brasil, das universidades e dos institutos federais, porque eu não tenho medo de reitor", disse Lula.

"E esse dedo que falta não foram eles [os reitores] que morderam. Esse dedo eu perdi numa fábrica. Portanto, quero ter uma relação mais democrática possível", afirmou, em referência ao dedo mindinho que perdeu num acidente de trabalho em 1964.

O presidente Lula em São Luís, durante a cerimônia de anúncio de investimentos do governo federal no Maranhão - Ricardo Stuckert/Divulgação PR

A fala de Lula é mais dos recados para os grevistas feitos durante cerimônias públicas de anúncio de investimentos no Nordeste. Na quinta (20), no Ceará, o presidente disse que os professores paralisados "têm que entender que nós estamos há apenas um ano e seis meses no governo".

A greve dos professores de universidades federais foi iniciada em 15 de abril. Eles pedem reajuste salarial e recomposição do orçamento dos centros de ensino. Os servidores reivindicam aumento de 3,69% em agosto deste ano, 9% em janeiro de 2025, e 5,16% em maio 2026. Brasília oferece 9% em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026.

Em meio a cobranças, o governo lançou no último dia 10 um PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para as universidades federais e para os hospitais universitários, com previsão de R$ 5,5 bilhões em investimentos.

O ministro da Educação, Camilo Santana, também anunciou um acréscimo de recursos para o custeio das instituições federais, em um total de R$ 400 milhões. Desse montante, R$ 279,2 milhões serão para as universidades e outros R$ 120,7 milhões para os institutos federais.

Assim, o orçamento de 2024 dos centros de ensino chega a R$ 6,38 bilhões, já é superior aos R$ 6,26 bilhões de 2023. Os valores, porém, já eram previstos no orçamento deste ano e foram somente adiantados, como mostrou a Folha.

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