Polícia apura se criança de dois anos foi dopada em creche municipal do Rio

Laudo de clínica particular aponta uso de remédio para insônia; OUTRO LADO: secretaria abriu sindicância e afastou duas professoras

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Rio de Janeiro

A Polícia Civil do Rio de Janeiro apura se um menino de dois anos foi dopado no Espaço de Desenvolvimento Infantil René Biscaia, em Cosmos, na zona oeste da capital. A unidade é municipal. A Secretaria de Educação diz que duas professoras foram afastadas e que a pasta abriu uma sindicância para apurar o caso.

A mãe da criança afirma que percebeu que o filho estava sem conseguir andar normalmente ou segurar a mamadeira, por exemplo, ao buscá-lo na unidade, no dia 14 de junho. Ela o levou ao Hospital Municipal Rocha Faria.

Letreiro colado no muro escrito Polícia Civil
Fachada da Secretaria de Estado da Polícia Civil, no centro do Rio de Janeiro - Tomaz Silva - 10.jun.2021/Agência Brasil

Em nota, o hospital afirmou que a criança foi atendida com sinais de sonolência e sem reação a estímulos. "Em relato à equipe médica, a mãe sugeriu que ele poderia ter sido dopado. O paciente realizou exames laboratoriais, que não tiveram alterações significativas, e recebeu os cuidados necessários. Após apresentar melhora, teve alta".

Já a mãe afirma que foi o médico quem sugeriu que ele pudesse ter sido dopado. Ainda de acordo com ela um médico ministrou um remédio que cortaria o efeito de qualquer sedativo. Quando a criança reagiu, foi realizada uma lavagem estomacal.

Após procurar a Polícia Civil, a família fez um exame em uma clínica particular, que encontrou 0,18 miligramas do medicamento zolpidem, usado para tratamento de insônia, no organismo do menino.

A polícia disse, em nota, que "o caso foi registrado na 35ª DP (Campo Grande) e encaminhado à 36ª DP (Santa Cruz) para prosseguimento das investigações. A criança foi encaminhada para realizar exame de corpo de delito. Demais diligências estão em andamento para esclarecer os fatos".

Os pais foram na 10ª Coordenadoria Regional de Educação para tentar uma recolocação do menino em outra unidade.

Procurada, a secretaria da gestão Eduardo Paes (PSD) disse que instaurou uma sindicância e que está colaborando com a investigação. Segundo a nota, assim que a pasta teve conhecido da situação procurou a família e atendeu ao pedido de transferência do aluno.

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