Descrição de chapéu acidente aéreo São Paulo

Famílias de vítimas do acidente aéreo em SP fornecem material genético para identificação de corpos

Polícia Científica do Paraná faz coleta em hotel em Cascavel, de onde partiu voo da Voepass que caiu em Vinhedo (SP)

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Luiz Carlos da Cruz
Cascavel (PR)

Familiares das vítimas do acidente aéreo da companhia Voepass foram levados para um hotel em Cascavel (PR) no início da noite desta sexta-feira (9). Lá eles passam por uma coleta de material genético que auxilie na identificação dos corpos.

O avião, que partiu de Cascavel com destino a Guarulhos (Grande São Paulo), caiu em um condomínio em Vinhedo (SP). As 61 pessoas que estavam a bordo morreram —57 passageiros e 4 tripulantes.

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Hotel em Cascavel (PR) onde estão familiares de vítimas do voo da Voepass que caiu nesta sexta (9) em Vinhedo (SP) - Luiz Carlos da Cruz/Folhapress

O hotel em que estão os familiares fica no bairro Maria Luiza, região central da cidade.

Raul Lessa, perito que participa dos trabalhos, afirma que a Polícia Científica do Paraná coleta também documentos para verificar impressões digitais, além de registros odontológicos como radiografias e próteses que possam ajudar na identificação por arcada dentária.

"Todos esses materiais vão auxiliar na identificação para posterior liberação dos corpos. E, na ausência de material papiloscópico e de arcada dentária para o confronto odontológico, também estamos coletando o DNA de parentes de 1º grau [mãe, pai, filhos e irmãos]", disse Lessa.

Emilio Santana, outro perito no local, disse que os trabalhos dos médicos legistas e técnicos se estenderão durante a noite. O material coletado ficará no Instituto Científico de Cascavel à disposição da Polícia Científica de São Paulo.

O acidente

Imagens feitas por moradores da região onde o avião caiu em Vinhedo mostram a aeronave em queda livre. Na sequência há uma explosão, seguida de muita fumaça.

O avião perdeu 3.300 metros de altitude em menos de um minuto a partir das 13h21, segundo o site Flight Aware, que monitora voos em tempo real ao redor do mundo. Registros do site mostram que o turboélice começou a perder altitude às 13h20, quando estava a cerca de 5.100 metros. Cerca de um minuto depois, atingiu 1.798 metros, a última atualização disponível.

Segundo a FAB (Força Aérea Brasileira), o avião deixou de responder às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo às 13h21. O piloto não teria declarado emergência ou reportado estar sob condições meteorológicas adversas.

O órgão afirma que o voo ocorreu dentro da normalidade até as 13h20 e, às 13h22, um minuto após deixar de responder, houve a perda de contato com o radar.

Especialistas em aviação ouvidos pela Folha levantaram duas hipóteses principais para a ocorrência, ressalvando que ainda é cedo para conclusões e que é preciso aguardar as investigações: falha elétrica ou gelo nas asas.

A região em que estava o avião tinha alerta para a formação de gelo severo no nível no qual a aeronave estava no momento em que perdeu contato com o radar.

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