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Presa em megaoperação no centro de SP é suplente de vereadora pelo PT

Janaína Xavier é apontada como suspeita de comandar tráfico de drogas em um hotel

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São Paulo

Uma das presas na megaoperação deflagrada nesta terça (6) para desmantelar um esquema de atividades econômicas ilícitas no centro de São Paulo foi candidata a vereadora pelo PT (Partido dos Trabalhadores) em 2020.

Janaína da Conceição Cerqueira Xavier, 44, recebeu 238 votos nominais, insuficientes para elegê-la, mas que bastaram para que ela ficasse como suplente.

Xavier, conhecida por liderar uma ocupação no centro da cidade, foi apontada como suspeita de chefiar o tráfico de drogas em um hotel na alameda Barão de Piracicaba. O endereço, segundo investigadores, pertence a Leonardo Monteiro Moja, apontado como liderança do PCC (Primeiro Comando da Capital) na favela do Moinho.

A reportagem entrou em contato com a defesa de Xavier, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.

Janaína Xavier, em foto para reportagem publicada em 2017 - Marlene Bergamo/Folhapress

O diretório municipal do PT diz que Xavier nunca participou de atividades partidárias, tendo sua filiação em 2019 apenas para concorrer no ano seguinte, como representante dos sem-teto. "Na época da filiação, não havia nenhum processo contra ela", afirma a sigla.

A operação desta terça, batizada de Salus et Dignitas (saúde e dignidade, em latim), é liderada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), do Ministério Público, e tem a participação das polícias Militar, Federal e Rodoviária Federal.

Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho, Receita Federal e estadual, Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) e Secretaria de Assistência Social do governo também enviaram apoio.

O objetivo da operação foi suprimir a estrutura de controle integrado dessas atividades criminosas locais para romper com o monopólio que o PCC exerce na área.

Foram cumpridos 85 mandados de busca e apreensão, 48 medidas de confisco e bloqueio de bens e 45 medidas de suspensão de atividades econômicas e de interdição por lacração de estabelecimentos. Foram decretadas as prisões preventivas de sete pessoas apontadas como lideranças ou peças-chave da atuação desses grupos criminosos.

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