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Vittorina Szili (1926-2011) - As esculturas e quadros de Viki
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ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
Vittorina Salvi Szili, filha de um violoncelista do Scala de Milão e de uma pianista, chegou ao Brasil em 1950 com a mãe e já órfã de pai.
O que as levou a vir ao país foi a situação da Itália no pós-guerra. Viki, ou Vitória, como era chamada, estudara artes em Milão e, uma vez em SP, foi fazer esculturas.
Por um tempo, conta o filho Marco, ela trabalhou com Galileo Emendabili, um escultor italiano responsável pelo Obelisco do Ibirapuera.
Depois, nos anos 70, abriu uma cerâmica chamada Viki, que funcionou até 1997.
O marido, o húngaro Gabor, ela conheceu ainda nos anos 50. Embora ele também tenha vivido em Milão, os dois só se encontraram aqui.
Eram vizinhos de prédio. No primeiro contato, ele bateu na porta dela pedindo para usar o telefone. Viki falava ao aparelho, e ele esperou escutando tudo. Quando ela desligou, Gabor questionou: "Isso era amor com 'a' maiúsculo ou minúsculo". "Não é da sua conta", respondeu. Em 1956, os dois se casaram.
Na Europa, Gabor havia trabalhado com o diplomata sueco Raoul Wallenberg, conhecido por salvar milhares de judeus. No Brasil, teve uma fábrica de soldas e outra de produtos químicos. Ele morreu na década de 80.
Nos últimos tempos, Viki pintava quadros (abstratos). Num programa da TV Cultura sobre imigração, falou sobre sua vinda. Segundo o filho, ela era sensível e culta.
No domingo, ela morreu aos 84, devido a uma amiloidose (acúmulo de uma proteína rara nos tecidos). Teve três filhos e dois netos. A missa do sétimo dia será hoje, às 12h, na igreja São José, SP.
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