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Comunidades pacificadas do Rio terão armas não letais
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DE SÃO PAULO
Os policiais militares que trabalham nas 17 UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) das comunidades do Rio passarão a usar preferencialmente armamentos não letais.
Os novos dispositivos de segurança, que incluem 315 pistolas que liberam descarga elétrica, bombas de efeito moral, spray de pimenta e carabinas que disparam balas de borracha, foram demonstrados nesta segunda-feira. O coronel Robson Rodrigues da Silva, comandante-geral das UPPs, disse que o objetivo é atuar em pequenos conflitos dentro das comunidades.
"Isso tem uma importância prática, que são os equipamentos de menor letalidade, e condiz com a política de segurança pública de redução da violência. Tem um efeito psicológico muito grande, porque mostra a vontade que a polícia tem de transformar toda uma ação de um passado repressivo em uma ação pacífica de proximidade."
O comandante das UPPs afirmou que estão sendo investidos cerca de R$ 3 milhões, verbas do governo federal, para equipar e treinar os 3.300 policiais que trabalham nas comunidades pacificadas.
Na maior parte do tempo, as ações policiais nessas favelas são de mediação de conflitos pessoais, como brigas de família ou de vizinhos, que não demandam ação violenta.
O coronel garantiu que os traficantes não estão retomando o espaço da polícia das UPPs, apesar de alguns sinais, como a volta do chamado foguetório, que, no passado recente, alertava sobre a presença da polícia ou a chegada de carregamentos de drogas e demonstrava o domínio dos criminosos. Ele reconheceu que o tráfico não acabou nessas favelas, mas disse que os criminosos não ostentam mais armamentos.
"Aquele traficante armado e empoderado, que impunha medo e tirania nessas comunidades, não há mais. O tráfico vai continuar aqui, em Berlim, em Veneza, em qualquer lugar do mundo. A forma como era aqui é que não vai haver mais."
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