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Fila para exame demora até 2 anos na rede de saúde paulistana
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DE SÃO PAULO
Uma auditoria do TCM (Tribunal de Contas do Município) apontou que há pacientes que esperaram até dois anos para conseguir marcar exames de imagem, como ultrassonografias, mamografias ou ressonâncias magnéticas rede municipal de São Paulo.
A informação é da reportagem de Talita Bedinelli publicada hoje na Folha. A reportagem completa está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha.
De acordo com o texto, a auditoria foi usada pelo órgão para compor o relatório anual de fiscalização das contas da prefeitura, que apontou que a administração Gilberto Kassab (PSD) é mal gerenciada, conforme mostrou a Folha no dia 14.
Um dos problemas, diz o TCM, é o sistema que organiza consultas e exames, que permite, por exemplo, que um mesmo paciente tenha seu agendamento realizado duas vezes. Outro problema foi a falta de médicos especialistas --de 35 unidades de saúde visitadas, 39% tinham escalas médicas incompletas.
Apu Gomes/Folhapress | ||
Fila para exames de imagem no hospital do Campo Limpo, zona sul; espera por agendamento leva até 2 anos |
OUTRO LADO
Para a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, o problema da não realização de exames e da longa fila de espera acontece pelo grande número de faltas de pacientes aos exames marcados.
De acordo com o órgão, a zona sul, onde só 58% das mamografias programadas foram realizadas no último ano, é a região da cidade com o maior índice de absenteísmo (não aparecimento nas consultas), segundo o órgão.
O próprio TCM confirma que a taxa de não comparecimento é grande: cerca de 20%. Mas diz que isso acontece porque o próprio sistema de marcação de consultas da prefeitura permite que um mesmo paciente marque duas vezes o mesmo exame.
A secretaria disse que vem desenvolvendo ferramentas de informática para tornar mais ágil o processo de marcação de consultas e exames.
O problema da falta de médicos, diz a secretaria, é nacional. Mas houve aumento de 58% no número dos profissionais entre 2004 e 2010.
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