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Nelson Gonçalves Townes de Castro (1948-2011) - Jornalista pioneiro em Rondônia
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ESTÊVÃO BERTONI
DE SÃO PAULO
As copeiras do palácio do Governo de Rondônia ficaram três dias tentando descobrir que chá relaxante era aquele que Nelson Gonçalves Townes de Castro havia levado.
Nos anos 80, o jornalista trabalhou na área de comunicação do Estado. Na época, tinha ido à Bolívia, para fazer uma reportagem sobre venda de armas, e trouxe de lá um saco com folhas. Fez os colegas do governo experimentarem, sem revelar o que era.
Só depois de alguns dias divertindo-se com a situação, contou que era chá de coca.
Nascido em Belém, Nelson destacou-se profissionalmente em Rondônia.
Foi um dos precursores do jornalismo em Porto Velho, como contam os amigos, tendo ajudado a fundar alguns jornais. Do sindicato, ganhou quatro prêmios, três por reportagens de meio ambiente.
Entre o fim dos anos 70 e o começo dos 80, trabalhou na capital paulista, no extinto "Notícias Populares" e nesta Folha. Cobria a área policial.
Depois da morte da mãe, em São Paulo, retornou para Rondônia. Foi correspondente em Porto Velho do jornal "O Estado de S. Paulo".
Desde 2003, trabalhava no departamento de comunicação da Assembleia Legislativa de Rondônia. Colaborava para o "Estadão do Norte".
Os amigos contam que Nelson era apaixonado por histórias e largava tudo para ir atrás de uma boa notícia.
Nos últimos tempos, mesmo hospitalizado, continuava escrevendo seus textos.
Apesar do soro espetado no braço, fugia para fumar escondido dos médicos. Morreu no domingo, aos 63 anos, em decorrência de um câncer de garganta. Teve um filho.
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