Julinha não imaginava, mas um dia a sua dedicação às pessoas a levaria para a política, assim como o marido, em Ilhabela. Nascida em Guarulhos, na Grande São Paulo, a primeira-dama do balneário mudou-se para a cidade onde construiu sua trajetória.
Enquanto trabalhava como auxiliar administrativa, Julinha era voluntária na igreja evangélica que frequentava.
Durante o trabalho voluntário, tinha uma atenção especial com as crianças, fazia peças de teatro, se vestia de palhaço e sonhava ser pedagoga —abriu mão após a vinda da maternidade.
Cercada de muitos amigos, Julinha tinha sempre um sorriso no rosto, um brilho no olhar e levava alegria por onde passava. Mesmo sendo avessa à política, fez questão de estar presente na campanha do marido para prefeito e também depois de eleito, em trabalhos sociais —tinha como mantra “A gente pode fazer diferente”.
À frente do Fundo Social de Solidariedade como presidente, ajudou a promover diversos cursos de capacitação e profissionalização gratuitos para famílias de baixa renda. É lembrada como uma mulher que amou Ilhabela com carinho, atenção, seriedade e respeito.
Julinha não media esforços para ver as pessoas felizes. “Uma vez ela ajudou um rapaz que engravidou uma moça e estava desamparado. Ela ofereceu toda uma estrutura a eles”, lembra a amiga Maria das Graças.
Nos últimos oito anos, descobriu um câncer de mama. Aos 42 anos, deixou o marido, Márcio, e duas filhas, Anna Júlia e Manuella.
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