Documentário 'Desconectados' tem exibição gratuita para professores em SP

Produção da Folha ganha também sessões gratuitas em Salvador, Rio, Brasília e BH; veja as datas

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São Paulo

O documentário "Desconectados", produzido pela Folha em parceria com o Instituto República, foi exibido neste sábado (17) na programação do Clube do Professor, no Espaço Itaú de Cinema do Shopping Frei Caneca, região central de São Paulo. Foi a primeira de uma série de exibições gratuitas em outras três capitais e no Distrito Federal (veja agenda abaixo).

Após a exibição, um debate sobre educação reuniu o jornalista Paulo Saldaña e a cineasta Ana Graziela Aguiar, dois dos realizadores do documentário, a estudante Julia Reinheimer, uma das retratadas no filme, e Helena Wajnman Lima, diretora-executiva do Instituto República.

O Instituto República foi fundado em 2016 no Rio de Janeiro e atua na pauta da melhoria da gestão de pessoas do serviço público brasileiro.

Um dos temas abordados foram as perdas na aprendizagem para uma geração de estudantes em razão da pandemia. Para a diretora do Instituto República, há um longo caminho a ser percorrido nessa retomada, mas a recuperação é possível.

"Se a gente partir do pressuposto que essa é uma geração perdida, aí que vira aquela profecia autorrealizável. Acho que definitivamente não é esse o caso", diz Helena.

"Os resultados do Ideb que saíram nesta semana ainda precisam ser analisados com mais calma, mas já há indícios de que a gente voltou alguns anos, mas para um lugar onde a gente já esteve e pode sair de novo. E precisa sair de uma outra forma, pois do jeito que a gente saiu das outras vezes não foi suficiente."

Imagem colorida mostra a jovem Júlia Reinhemer, de perfil, olhando para a tela de um notebook e um aparelho celular, que estão sobre uma mesa branca; Júlia tem cabelo encaracolado e usa óculos.
A estudante Júlia Reinhemer, do Centro de Ensino Médio Elefante Branco, de Brasília, participa de assembleia online sobre o retorno às aulas presenciais - Pedro Ladeira - 20.ago.21/Folhapress

A estudante Júlia Reinhemer aparece no documentário discutindo a volta ao ensino presencial em uma assembleia virtual da escola e também prestando o Enem. Hoje ela cursa ciências sociais na UnB (Universidade de Brasília).

"Deu tudo certo, estou muito feliz. Eu tinha o plano de fazer direito, mas tenho muito interesse em participar da educação. Estou fazendo ciências sociais porque quero lecionar em algum momento da minha vida", diz a estudante, que pela primeira vez esteve na capital paulista.

Thiago Mena, que trabalha na direção de uma escola municipal na região da Brasilândia, na zona norte de São Paulo, foi um dos que assistiram ao filme neste sábado. Para ele, "Desconectados" se destaca por mostrar as diferenças na educação entre as regiões urbana e rural, algo que, na sua visão, também aparece nas distinções entre bairros centrais e periféricos da capital paulista.

"A pandemia foi diferente para os estudantes da periferia. Afetou bastante o aprendizado, mas também o trauma psicológico que gerou. A gente está assistindo dentro da escola situações de violência tão extremas que eu nunca tinha visto coisa parecida", diz Mena.

"A gente discute o que precisa ser feito e a primeira coisa que vem no automático é 'ah, falta punição, tem que ser mais rígido'. E o documentário fala: o que a gente vai fazer com esse legado? Ele tem um potencial muito importante, precisa trazer para a discussão."

A próxima exibição do documentário será na terça-feira (20), em Salvador. A sessão ocorrerá às 19h30 no Cine Metha Glauber Rocha, na praça Castro Alves, centro da capital baiana. Essa pré-estreia foi incluída nos eventos comemorativos dos 50 anos do programa de pós-graduação em educação da UFBA (Universidade Federal da Bahia).

O debate em Salvador, após a exibição, contará com os professores da UFBA Nelson Pretto, Rubenilda Sodré e Rodrigo Pereira.

Na quarta (21) será a vez do Rio de Janeiro. "Desconectados" estará no Espaço Itaú de Cinema, em Botafogo. O filme começa às 20h.

No sábado (24), o documentário volta a Brasília, também dentro do Clube do Professor do Espaço Itaú de Cinema. A sessão será às 11h, no Casa Park Shopping. Também haverá debate com participantes do filme, realizadores e a educadora Gina Vieira Ponte, que participa da produção.

Belo Horizonte recebe o longa-metragem no dia 27, terça-feira. A exibição ocorrerá às 20h no Una Cine Belas Artes, no bairro de Lourdes.

Todas as projeções serão gratuitas, com distribuição de ingressos uma hora antes do início da exibição.

Mais de 1 milhão de professores já participaram de sessões do Clube do Professor desde sua estreia, em 2001. Hoje 34 mil educadores são associados ao projeto, iniciativa do Espaço Itaú de Cinema presente em seis cidades (São Paulo, Rio, Brasília, Salvador, Belo Horizonte e Porto Alegre).

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