Descrição de chapéu São Paulo greve

Greve dos professores municipais de SP termina com reajuste salarial de 2,16%

Novo piso proposto pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB) entra em vigor em maio para servidores ativos, aposentados e pensionistas

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo (SP)

A aprovação do reajuste de 2,16% no salário de professores da rede municipal de São Paulo pôs fim à greve dos servidores nesta quinta-feira (28). O sindicato da categoria, que também reivindicava melhorias na progressão de carreira e nas condições de trabalho, aceitou a proposta da gestão do prefeito Ricardo Nunes (MDB), aprovada na última terça-feira (26) pelos vereadores da capital paulista.

O novo piso salarial entra em vigor em 1º de maio para todos os servidores ativos, aposentados e pensionistas. Já o aumento na mesma porcentagem sobre valores do auxílio-refeição e do vale-alimentação começa a valer em 1º de janeiro de 2025.

Servidores da Prefeitura de São Paulo vão à Câmara Municipal protestar contra reajuste de 2,16%
Servidores da Prefeitura de São Paulo foram à Câmara Municipal protestar contra reajuste de 2,16% - Divulgação

A negociação com a Coeduc (Coordenação das Entidades Sindicais Específicas da Educação Municipal) ainda estabeleceu compromissos como ações direcionadas à saúde física e mental dos professores, a consolidação da política municipal de educação inclusiva e a promoção da segurança nas escolas.

O impacto da recomposição salarial aos cofres públicos será de quase R$ 500 milhões, de acordo com o prefeito.

Vereadores de oposição dizem que o percentual oferecido é baixo, já que a prefeitura tem quase R$ 30 bilhões em caixa. "Esse argumento [do Executivo] de pressão orçamentária, neste caso, não cabe", afirmou Senival Moura (PT).

O vereador Fabio Riva (PSDB), líder do governo na Câmara, contextualizou o histórico de reajustes dos servidores da capital para demonstrar que a atual gestão tem trabalhado em prol dos profissionais da cidade.

"Em três anos, a Prefeitura de São Paulo aumentou 128% o impacto anual do orçamento da cidade com medidas de modernização e valorização dos funcionários públicos, resultando em um investimento de mais de R$ 5 bilhões em favor dos servidores", afirmou.

Foram 37 votos favoráveis e 15 contrários na votação na Câmara Municipal, sob protesto dos professores no viaduto Jacareí, insatisfeitos com o percentual oferecido diante dos 39% reivindicados pela categoria.

"A luta não acabou com a aprovação da lei que reajusta os salários do conjunto do funcionalismo em humilhantes 2,16% porque a pauta da educação não se resume à questão financeira", diz o Sinpeem (Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal de São Paulo).

A prefeitura afirmou que a greve atingiu 3% de cerca de 4.000 escolas, incluindo as conveniadas. Já os sindicatos afirmaram que 20% dos professores aderiram à paralisação.

A gestão Nunes garantiu que nenhum profissional da educação será punido pela greve, que teve início em 14 de março, e ainda terão pagamento pelos dias parados mediante reposição.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.