Recursos arrecadados por editora ajudam a transformar comunidade

Editora Mol impacta a vida de 230 crianças e suas famílias em comunidade carente da zona sul de SP

Cristiano Cipriano Pombo Ana Paula Franzoia
São Paulo

Há 81 anos, a ONG Obra do Berço dá assistência a crianças e adolescentes em São Paulo. São cerca de 3.125 pessoas beneficiadas por ano.

​Dionéia Barreto trabalha há quatro anos em uma das unidades da instituição, na zona sul da capital, e a vida dela poderia ser uma das contadas nas páginas da revista Todos, que tem como matéria-prima histórias reais inspiradoras.

Dionéia Barreto trabalha há quatro anos na ONG Obra do Berço, beneficiária da Editora Mol
Dionéia Barreto trabalha há quatro anos na ONG Obra do Berço, beneficiária da Editora Mol - Renato Stockler

Mas a relação da educadora e a revista se dá de outra forma. A Obra do Berço é uma das 15 ONGs beneficiadas com a renda obtida na venda da revista,  produzida pela Editora Mol,  finalista do Prêmio Empreendedor Social 2018.

A Escolha do Leitor está com votação aberta; conheça os finalistas e participe

 

Nós atendemos no Centro para Criança e Adolescente Nossa Vida Nossa Arte 230 crianças entre 6 e 14 anos e 11 meses. Queremos que eles se tornem cidadãos, que se desenvolvam por meio do esporte e da cultura, que conheçam seus direitos e deveres.

Essas crianças têm muitos potenciais que não são percebidos, mas aqui buscamos desenvolvê-los. Também atuamos com as famílias deles, com quem trabalhamos temas comuns do cotidiano. A gente percebe que a comunidade está desacreditada consigo mesma, com a gestão pública.

O nosso papel é ir lá, sentir as dificuldades, ressaltar as potencialidades e encorajar uma transformação numa área de vulnerabilidade social. Os recursos que recebemos são empenhados nestas ações e no quadro de colaboradores.

Estou aqui há quatro anos, mas atuo há oito em trabalho social. Já trabalhei em lugar sem recurso e isso prejudicava o atendimento, não dá para fazer muita coisa. Sem verba fica muito difícil. Aqui conseguimos acompanhar bem as crianças, ir na escola delas, na casa. Resolvemos casos de evasão escolar, damos orientação sobre problemas como drogas e violência doméstica.

Se tem desemprego na família, a gente encaminha para o PAT, se tem problema de saúde eu vou na UBS, se o menino está muito difícil aqui, eu sento lá na escola com o coordenador pedagógico. Temos casos difíceis, mas me empenho em ajudar.

É um trabalho de formiguinha, mas a melhor recompensa é sentir a gratidão das famílias, ver as mudanças acontecendo. Esse é o nosso trabalho, e quando alguém vem trabalhar no CCA, a gente deixa bem claro: precisa amar o próximo e querer ver a transformação social acontecer.

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