Revista Sorria leva R$ 14 mi ao Graacc e ajuda a erguer ala inteira de hospital

Publicação da editora Mol vendida em farmácia permite que a cada ano 50 vidas sejam salvas do câncer infantil

Eliane Trindade Ana Paula Franzoia
São Paulo

Considerado um dos maiores hospitais especializados em câncer infantil no mundo e integrante da Rede Folha, o Graacc (Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer) atende anualmente a cerca de 3.700 pacientes. São 340 novos casos por ano, que devem passar por tratamentos que levam até dois anos e ficarão em manutenção por mais cinco.

​A ala de radioterapia do hospital foi construída com dinheiro da venda da revista Sorria, uma parceria do Graacc com a editora Mol, finalista do Prêmio Empreendedor Social 2018. Ao longo de 11 anos, a publicação vendida na rede Droga Raia já rendeu à instituição R$ 14 milhões em doações. 

Tammy Allersdorff, superintendente de Desenvolvimento Institucional do Graacc, beneficiário da Editora Mol
Tammy Allersdorff, superintendente de Desenvolvimento Institucional do Graacc, beneficiário da Editora Mol - Renato Stockler

“O valor doado salva, por ano, 50 vidas no Graacc”, afirma Tammy Allersdorff, superintendente de Desenvolvimento Institucional da organização. “Só conseguimos fazer com a ajuda de pessoas maravilhosas, como o Rodrigo [Pipponzi] e a Roberta [Faria], da editora Mol.” 

Os empreendedores à frente da editora, que inovaram ao criar e levar ao mercado produtos socioeditoriais a preço acessível para reverter o lucro a entidades do terceiro setor, são finalistas do Prêmio Empreendedor Social 2018 e concorrem na categoria Escolha do Leitor.

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A seguir, leia o depoimento de Tammy sobre o impacto da Sorria e da parceria com a Mol. 

 

Nós vimos a Sorria nascer e somos parceiros desde o início. O Graacc tem 26 anos e estamos juntos há 11 anos. A Sorria é parte dessa organização e parte das vidas que ajudou a salvar. É a nossa segunda maior doação anual. Nossa ala de radioterapia, inaugurada em 2014, foi construída graças à revista.

Hoje não teríamos o atendimento integral ao paciente com câncer se não tivéssemos esses equipamentos. Nossa capacidade de atendimento cresceu 30%. Já recebemos mais de R$ 14 milhões ao longo desses anos. O valor doado pela editora salva, por ano, 50 vidas no Graacc.

Sorria é um modelo muito bem-sucedido graças ao seu conteúdo e aos pontos de vendas, que sempre tiveram comprometimento e engajamento para fazer da revista um sucesso. A grande sacada da editora, da Roberta e do Rodrigo, foi produzir um conteúdo transformador para a revista.

Não se trata somente de uma publicação para ajudar uma instituição filantrópica, ela traz matérias inspiradoras que agradam aos leitores. Eles aliaram o útil ao agradável. E quem compra uma Sorria também faz parte disso tudo. É um agente de transformação, que está fazendo algo para melhorar o mundo.

Um dos momentos mais tocantes dessa nossa parceria aconteceu durante o evento que celebrou os dez anos da revista Sorria. Lembramos de um paciente que tínhamos na primeira edição, Brayhan [Santana Silva], que na época estava com oito anos. Naquela edição foi apresentado o Brayan curado, um jovem cuja a única preocupação no momento era escolher qual faculdade cursar.

Foi uma grande emoção. O Artur [Louback, sócio e diretor de operações da Mol] falou que todo o esforço teria sido igual mesmo que fosse para salvar somente uma pessoa, porque uma vida não tem preço. E tudo valeu a pena e continua valendo, pois muitas crianças chegam diariamente ao nosso hospital em busca de tratamento.

Quanto a vale a vida de um filho? Não tem preço e não se mede esforços! Nestes 14 anos, posso dizer que a Mol ajudou a salvar não só o Brayhan, mas milhares de vida. E digo que, aqui no Graacc, a Sorria é o maior remédio.

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