Unidade social mantém atendimento a crianças graças à verba de Lei Rouanet

Creche em Rolândia (PR) garantiu portas abertas com match feito pela Simbiose Social

Patricia Pamplona
São Paulo e Rolândia (PR)

“Eu chorei acho que uns três dias de alegria”, conta a irmã Elizabeth Mendes, gestora da Unidade Social Nossa Senhora Aparecida Recanto dos Anjos quando soube que receberia os R$ 183.500 aprovados para captação via Lei Rouanet. “Passei pedindo para Deus quase um ano para que a gente conseguisse esse recurso.”

A verba chegou diretamente da Monsanto até Rolândia (PR) porque a empresa começou a utilizar a plataforma da Simbiose Social que, com dados públicos, criou uma base que dá visibilidade a projetos autorizados a captar por meio de leis de incentivo.

“Antes, eu colocava todo o investimento em instituições de São Paulo que replicavam para os projetos nas localidades onde a gente atua”, explica a analista de Responsabilidade Social da Monsanto, Letícia Afonso. “É uma forma mais fácil de fazer gestão, porém, quando se fala de desenvolvimento local, não apoiávamos instituições locais.”

Unidade social mantém atendimento a crianças com verba de Lei Rouanet - Renato Stockler/Folhapress

Há cerca de um ano e meio, a multinacional passou a utilizar a ferramenta da Simbiose Social. Foi nela que Letícia descobriu o trabalho da unidade social em Rolândia, cidade onde a Monsanto atua. “Cheguei até essa iniciativa porque, por mais que ela seja cultural, tem um quê de educação, que é um dos nossos temas prioritários.”

Com a tecnologia a gente consegue aprofundar o desenvolvimento local”, explica a analista. “Hoje eu tenho visibilidade de instituições locais e consigo investir realmente na comunidade. Percebo que o impacto é muito maior agora.”

Para a irmã Elizabeth, o resultado positivo tem o nome das crianças que atende na Vila Oliveira. “A hora que vemos as crianças na instituição, vale a pena todo o esforço”, afirma. “Esse é o sonho, né? E aí quando percebe que esse sonho é possível e realizável, você vai dar nome. É a Gabriele, o Miguel, é a Instituição Nossa Senhora Aparecida.”

Sobre a verba, que garante a manutenção do projeto, ela afirma que amenizou muitas das dificuldades econômicas enfrentadas. “A gente agradece muito, porque se não tivéssemos tido essa ajuda, nós teríamos fechado o projeto”, afirma a irmã. “A Simbiose tem sinônimo para mim de anjo da guarda.”

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