Descrição de chapéu refugiados

Agências da ONU promovem acesso de mulheres refugiadas ao mercado de trabalho

Com 70% de empregabilidade, projeto Empoderando Refugiadas deve formar 80 mulheres em Roraima neste ano

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São Paulo

A Agência da ONU para Refugiados (Acnur), a Rede Brasil do Pacto Global e a ONU Mulheres lançam mais uma rodada de fomento ao acesso de mulheres refugiadas no país ao mercado de trabalho. O projeto Empoderando Refugiadas chega à sexta edição após empregar 70% das participantes em 2020.

O programa, que neste ano projeta formar 80 mulheres, oferece formação, sensibilização do setor privado e interiorização voluntária para outras cidades. A primeira turma iniciou as atividades em Boa Vista (RR), com apoio da AVSI Brasil e metodologia do Senac Roraima.

"Tivemos que agarrar nossos filhos para partir da Venezuela, por toda dificuldade que enfrentamos por lá, lutando contra a fome", afirma Dashly, 21, viúva e mãe de dois filhos.

"Chegar com a perspectiva de trabalhar e ver as oportunidades diminuírem por causa da pandemia foi mais uma barreira que enfrentamos. Agora, com este diploma em mãos, vamos adiante”, completa.

Desde 2015, aproximadamente 250 mulheres participaram do programa, que já mobilizou mais de 300 empresas e organizações pela causa do refúgio.

“O Empoderando Refugiadas é um claro exemplo dos compromissos assumidos para a Agenda 2030, em especial no Objetivo do Desenvolvimento Sustentável 5, voltado para a igualdade de gênero”, afirma Carlo Pereira, diretor-executivo da Rede Brasil do Pacto Global da ONU.

O resultado positivo em 2020, em um contexto de pandemia, foi comemorado pelas agências. O Empoderando Refugiadas formou duas turmas inéditas focalizas na diversidade.

Havia refugiadas com deficiências, doenças crônicas, com mais de 50 anos, grávidas e LGBTQI+. Mulheres com familiares com deficiências e únicas provedoras de renda da família também foram beneficiadas.

“A diversidade é um dos principais pilares do Empoderando Refugiadas e temos preocupação constante em incluir os mais diferentes perfis em nossas turmas", diz Paulo Sergio Almeida, oficial de meios de vida do Acnur.

O projeto capacitou 62 pessoas, das quais 42 foram contratadas no mercado formal por empresas brasileiras. Outras 107 foram interiorizadas pela Operação Acolhida —força-tarefa humanitária de assistência emergencial à população refugiada e migrante venezuelana, coordenada pelo Governo Federal em Roraima— e 27 conseguiram emprego com o apoio da iniciativa.

Após a conclusão do curso, as formadas têm a oportunidade de fazer entrevistas de trabalho com empresas parceiras do projeto.

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