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28/06/2011 - 20h26

"Você tem que mudar a cabeça se quiser entrar nesse mercado", diz Fabio Barbosa, do Santander

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COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
DE SÃO PAULO

Confira algumas das principais reflexões dos palestrantes e painelistas de hoje no 1o Fórum para o Desenvolvimento da Base da Pirâmide na América Latina e Caribe, realizado pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), em São Paulo. (CÁSSIO AOQUI e RACHEL AÑÓN)

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"É impossível ir bem num país que vai mal. Ou a gente traz todo mundo, ou afunda junto."

"A essência da inclusão talvez esteja na palavra crédito: as pessoas acreditam em você."

"Defendo ferramentas que trabalhem com volumes maiores e tickets mais baixos. Bancarização é cidadania também."

"Você tem que mudar a cabeça se quiser entrar nesse mercado."

"Quando fomos ao Rio de Janeiro, trabalhamos com a comunidade. Foi com o Junior, do AfroReggae, que fizemos o nosso primeiro projeto no Complexo do Alemão. Ouvir as bases nesse mundo conectado em rede é o segredo para tudo, sejam por meio das pessoas diretamente, seja pelos líderes comunitários."

"Marco regulatório é a palavra-chave. As oportunidades são tão boas, é só o que falta para o crescimento dessa atividade."

FABIO BARBOSA
presidente do Grupo Santander Brasil

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"O que tem faltado é o valor econômico para as empresas nesse engajamento [em prol da base da pirâmide social], então experiências bem-sucedidas são valiosas."

"Se você conseguir incorporar um processo de inovação que pelo menos leve em consideração a base da pirâmide, vai alavancar o crescimento da sua empresa."

EDUARDO WANICK
presidente para a América Latina da DuPont

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"O país é um avião, ninguém torce contra o avião quando está dentro, pelo menos se não é louco."

"Hoje quando se fala de consumo popular, temos de sair do estigma do passado. Se tiver a mentalidade de tirar o custo só, [a empresa] vai se dar mal. Não é questão de pertinência, mas de acessibilidade."

"A questão é como através de inovação você vai prestar serviços de alta qualidade às pessoas mais exigentes do mundo, os emergentes."

"É uma oportunidade de ouro o que está acontecendo neste país. O cavalo está passando selado. Mas não tente fazer isso sozinho. Para uma nova demanda, uma nova teia de alianças."

NIZAN GUANAES
presidente-executivo do Grupo ABC

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"O banco está entrando numa área bastante nova, fundamentalmente como ator catalisador desse processo."

"Um marco regulador é extremamente necessário para que as empresas possam voltar-se para a base da pirâmide."

LUIZ ROS
gerente do Oportunidades para a Maioria do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento)

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"A ideia de criar uma fundação [Instituto Walmart] é trabalhar com desenvolvimento local, não filantropia. Tudo está ligado ao nosso negócio. Há três tipos de programa, um para educação e inclusão formal no mercado de trabalho -em nossos supermercados; outro para geração de renda -cooperativas que tornam-se parte de nossa cadeia de suprimentos; e o terceiro com mulheres artesãs, que viram nossas fornecedoras."

DANIELA DE FIORI
vice-presidente de assuntos corporativos e sustentabilidade do Walmart

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"Filantropia não basta. Nós focamos em modelos de negócios que possam ganhar escala. Trabalhamos em cooperação com as organizações para capacitá-las de modo que haja um crescimento do negócio ligado ao nosso."

"Existe uma miríade de diferentes segmentos na base da pirâmide, cada um com diferentes necessidades. É fundamental para as empresas entender cada especificidade. Estamos apenas arranhando a superfície de um profundo tema."

DORJE MUNDLE
chefe de gestão de cidadania corporativa da Novartis (Suíça)

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"Para ter acesso a esse mercado [da base da pirâmide social], temos que vencer nossos preconceitos. Chegamos com a nossa mentalidade de empresa privada e cheia de vícios, mas, apesar de querer qualidade, a base exige simplicidade. Temos que ver com os olhos deles, e isso exige humildade. Eles querem o mesmo que nós."

MARY ANNE AMORIM
CEO da Lego Zoom

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"Como abrir esse mercado, que ainda não existe, não e fácil. O trabalho é de facão, mas é um caminho que vale a pena pois tem uma sociedade latente para essas novas demandas."

"Temos que dar autoestima e a oportunidade de poder escolher o que ele [consumidor da base da pirâmide social] quer. Ao poder pagar pelo serviço, damos muito mais que o simples acesso ao mercado. E isso vale muito mais para ele do que um produto."

ENRIQUE CORONADO
CEO da Por Tí Familia

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"Os mercados não são naturais. São obras civilizatórias, são objetos de poder público que devem ser fomentados. Temos de trabalhar muito a complementaridade entre os vários mercados e o poder público."

"Existem externalidades a serem avaliadas que são supra-avaliadas de um lado e de outro. Nós estamos pensando numa lógica do desenvolvimento ainda do setor privado, do governo, não estamos pensando suficiente o território, a questão da convergência."

"Tenho uma preocupação que é a questão da sustentabilidade. Como a gente vai ver essa formidável ascensão da classe média, puxada via consumo? Não sei de país que no médio e no longo prazos tenha crescido com base em consumo. Há problema de conta-corrente, de poupança. Temos de incentivar as famílias não só a consumir mas a poupar pra educar seus filhos."

"É preciso haver complementaridade de ações sociais, tarifas subsidiadas (subsídio não é pecado), dos programas de transferência de renda condicionada. A armadilha da informalidade é o maior câncer."

ANDRÉ URANI
presidente e pesquisador do Iets (Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade)

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"A verdadeira revolução é perceber a base da pirâmide não como um público consumidor, mas como produtor e gerador de renda."

"É preciso dar o mercado aos pobres, mas o melhor passaporte é educação de qualidade."

MARCELO NERI
diretor do Centro de Políticas Sociais da FGV (Fundação Getulio Vargas)

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"A classe média na América Latina não é uma família como a da Mafalda, do Quino. É muito mais vulnerável e heterogênea. Não é pobre, mas uma doença pode empurrá-la de volta para a pobreza."

"É o momento para os setores privado e o publico darem o 'upscaling' nas iniciativas [para esse público]."

CHRISTIAN DAUDE
economista do Centro de Desenvolvimento OECD

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"É bom lembrar que a mão invisível de Adam Smith é uma mão muito torpe, de ferreiro."

"Não há nada mais certo do que, se queremos operar em mercados, a regulamentação deve ser intensiva. Um mercado é uma selva E o marco regulatório é uma besta feroz."

"Nem toda cooperação público-privada é boa."

"A inclusão mais verdadeira é a que vê com os olhos da base da pirâmide."

MICHAEL CHU
professor da Harvard Business School


 
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