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Empreendedorismo social na perspectiva empresarial
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VITOR GONÇALO SERAVALLI *
Felizmente, não é mais possível ignorar a tendência das empresas em relação à sustentabilidade, embora tenhamos que reconhecer também a influência de uma pressão crescente dos seus stakeholders sobre essa nova postura.
É um fato. Na busca de uma "licença para operar" mais permanente, as organizações privadas estão cada vez mais buscando a inclusão de temas ligados ao desenvolvimento sustentável em suas complexas estratégias de negócios. Mais que isso, a sustentabilidade já aparece com destaque nas visões e missões das grandes empresas.
Contudo, infelizmente, quando olhamos para o amplo universo do setor privado, onde a grande maioria é formada por pequenas e médias empresas, o cenário é bem distinto. O perfil médio se mostra ainda distante de uma base de valores e princípios éticos; e mesmo quando a intenção é boa, a abordagem tem uma atitude totalmente assistencialista. É o "dar peixe", quando o esperado seria o "ensinar a pescar".
É nesse ponto que aparece (ou desaparece) a figura das lideranças. Bons líderes são aqueles que conduzem suas equipes a resultados consistentes, e por um caminho que atende às necessidades dos diversos públicos de interesse com os quais se relacionam. Num nível mais alto, são as mentes empreendedoras que conduzem as organizações em direção à sua visão. E, enfim, são os profissionais com poder e autoridade, que focam os resultados econômicos dos negócios, mas ao mesmo tempo, são sempre co-responsáveis pelo desenvolvimento da sociedade e do meio ambiente.
Alguns especialistas já interpretam essas características como componentes de uma competência essencial, assim como é a visão sistêmica, a capacidade de trabalhar em equipe, o pensamento estratégico, a comunicação interpessoal, entre outras. Outros acreditam que estamos lidando com algo que evidencia o uso integrado e simultâneo de várias competências. De um jeito ou de outro, esse valioso diferencial está sempre presente e em grande quantidade naquele que conhecemos sob o título de "empreendedor social".
Um dia desses, circulou um texto provocativo na internet com uma previsão no mínimo interessante. Começava dizendo que, atualmente, as grandes organizações não governamentais são geridas por líderes empresariais aposentados, mas com muita experiência em gestão. E num determinado momento, haveria uma inversão, ou seja, os futuros CEO's empresariais seriam garimpados entre os empreendedores sociais bem sucedidos na liderança de grandes ONG's. Será verdade?
É possível, pois já atualmente, nos tempos do Marketing 3.0 de Philip Kotler, em sintonia com o conceito original de empreendedorismo social de Bill Drayton, os empreendedores de negócios já olham para o futuro com o mesmo olhar atento dos grandes empreendedores sociais. Que assim seja!
*Vitor Gonçalo Seravalli - engenheiro químico, MBA em Marketing, com especialização em Administração de Empresas e Terceiro Setor. Foi diretor industrial da BASF, presidente do Comitê Brasileiro do Pacto Global (ONU), e presidente da Fundação Espaço ECO - Parceria BASF e GIZ (Alemanha). Atualmente, é diretor de Responsabilidade Social do CIESP (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), membro do Consocial (Conselho Superior de Responsabilidade Social da FIESP) e do Conselho de Administração da Fundação Abrinq, professor universitário, sócio-diretor da Seravalli Consulting e colaborador/parceiro do Iats (Instituto de Administração para o Terceiro Setor Luiz Carlos Merege. E-mail: vitor@seravalli.com.br
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