Descrição de chapéu Viver câncer alimentação

Veja quais alimentos possuem aspartame em sua composição

Adoçante listado como possivelmente cancerígeno por agência da OMS está presente em produtos dietéticos

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São Paulo

Refrigerantes, chás e sucos sem açúcar. Além de chicletes, biscoitos e gelatinas diet. O adoçante aspartame, considerado como possivelmente cancerígeno pela OMS (Organização Mundial da Saúde), está presente em diversos alimentos, especialmente aqueles considerados dietéticos ou sem açúcar.

A preocupação com a presença da substância em produtos alimentícios a classificação feita pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc, na sigla em inglês), braço que estuda a doença na organização internacional.

Produtos diet ou sem açúcar podem conter aspartame em sua composição - Celso Pupo/Adobe Stock

A agência classifica compostos em quatro grupos, sendo eles "cancerígenos para humanos", "provavelmente cancerígenos", "possivelmente cancerígenos", e "não classificável".

Produtos com aspartame

A substância está presente em alimentos sem açúcar, como doces, além de bebidas gasosas e lácteas, devido ao seu poder de adoçar superior ao do açúcar branco, porém sem calorias.

Os produtos que contém o composto usualmente são aqueles que são classificados como dietéticos (diet no rótulo) ou sem açúcar. Dentre eles, veja lista daqueles que podem ter aspartame em sua composição:

  • Refrigerantes
  • Sucos prontos e em pó
  • Chás industrializados
  • Chicletes
  • Iogurtes
  • Gelatinas
  • Pães
  • Barras de cereal
  • Preparados prontos para café ou cappuccino

Leia os rótulos

Em caso de dúvidas se o produto possui algum composto basta ler o rótulo. Na região onde estão os ingredientes estará listado todos os itens que fazem parte da composição do alimento, inclusive adoçantes artificiais como o aspartame.

Outra saída é usar aplicativos que "leem" o rótulo e te entregam as informações. Entre eles está o "Desrotulando", um scanner de produtos alimentícios industrializados que mostra os pontos negativos e positivos de cada artigo. Ele indica automaticamente, por exemplo, a presença de aditivos e açúcar adicionado.

Para acessar, basta baixar na loja de aplicativos do seu celular e escanear o código de barras. Se o produto estiver cadastrado, as informações apareceram na tela.

Afinal, há risco para a saúde?

Paulo Augusto Miranda, presidente da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia), afirma que as publicações e recomendações de órgãos de saúde têm como base a avaliação de dados científicos. Neste caso, as decisões são baseadas em evidências de estudos de acompanhamento de longo prazo, assim como estudos controlados, com uso de placebo.

"A diretriz vai servir de base também para os profissionais de saúde orientarem seus pacientes, baseados na análise individualizada", afirma.

Miranda pontua que a orientação da OMS não é determinante, pois depende da associação entre causa e efeito, o que ainda não existe. "Aparentemente não temos dados suficientes para estabelecer essa relação de forma intensa", indica.

Ainda assim, ele afirma que as diretrizes precisam ser observadas e inseridas em políticas públicas e ações de saúde.

"É importante entender a argumentação, o impacto individual e o risco populacional para a análise da melhor recomendação, baseada no contexto global de saúde pública", diz o endocrinologista.

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